Jornal Estado de Minas

ASSASSINATO

Mulher que matou por conta de 'pão com carrapato' vira ré por homicídio



A mulher que matou uma cliente devido a um desavença por conta de um pão com carrapatos virou ré no processo de homícidio. A denúncia foi protocolada nessa quinta-feira (17/8) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e acatada pela Justiça.





Patrícia Ferreira Brandão Rosa, de 42 anos, vai ser julgada pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e "mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido", conforme o artigo 121 do Código Penal Brasileiro.

A juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Betim, aceitou a denúncia e se justificou a decisão entendendo que diante de "todo o caderno investigatório, vejo que a peça inicial acusatória encontra-se apta e preenche todas as condições da ação penal, havendo, a princípio, justa causa para seu oferecimento."

Ainda segundo o pronunciamento da magistrada, a defesa da denunciada tem o prazo de 10 dias para se pronunciar e responder à acusação, sendo realizada por escrito.

Relembre o caso

De acordo com informações do Boletim de Ocorrência (BO), Patrícia se entregou à Polícia Militar (PMMG) após confessar o assassinato de Ana Paula Amaral de Faria, de 34 anos. No dia dos fatos, a vítima estava próxima a um balcão de um bar no Bairro Petrovale, em Betim, na Região Metropolina de Belo Horizonte.





Ana Paula estava tomando cerveja e conversando quando foi surpreendida com o ataque enfurecido de Patrícia, que desferiu várias facadas. Ana Paula chegou a ser socorrida, mas morreu. A agressora relatou aos policiais que cometeu o assassinato por causa de uma discussão que as duas tiveram por meio de redes sociais.
A desavença se deu pelo fato de que a vítima fez um vídeo afirmando que pães vendidos na padaria da família de Patrícia estavam infestados de filhotes de carrapatos, local esse em que a agressora trabalhava como balconista. 

Fogo na casa da suspeita

Um dia depois dos fatos, na segunda-feira (24), a casa que seria de Patrícia foi incendiada. O imóvel fica na Rua Argélia, também no Bairro Petrovale, em Betim e estava vazio desde que a agressora foi presa no sábado. De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMMG), devido à característica do incêndio, que tinha focos em vários cômodos da casa, existiu a suspeita de que as chamas tenham sido propositais.

À época do incêndio, sete viaturas dos bombeiros estiveram no local e cerca de 5 mil litros de água foram usados para controlar as chamas. Nenhum suspeito foi identificado no imóvel. Porém, os militares tiveram a informação, por meio de uma ligação anônima, da identidade de um possível suspeito, que não havia sido encontrado. A Defesa Civil de Betim esteve presente no local para realizar a vistoria e informou que a estrutura da residência havia sido comprometida.
 
*Estagiário com supervisão do subeditor Diogo Finelli.