Inicialmente, foi divulgada a informação de que, no local, sete pessoas morreram. No entanto, por volta das 9h30, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) emitiu um comunicado dando conta de oito mortos ao todo. A oitava vítima poderia ter morrido a caminho do hospital. Às 11h, a polícia recuou e publicou uma errata informando que se tratavam mesmo de sete mortes.
Há uma divergência sobre o número de passageiros. O Corpo de Bombeiros informa 43. A PRF, 48.
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De acordo com o tenente Fernando Fróis, do Corpo de Bombeiros, alguns torcedores ficaram presos sob o veículo. A equipe foi acionada por volta das 3h e, às 10h40, havia finalizado a remoção dos corpos.
"A rodovia está completamente fechada no sentido São Paulo para retirada dos corpos e encaminhamento para o IML. Não há previsão de destombamento do ônibus, haja vista que é um trabalho que requer paciência. Tivemos alguns corpos que ficaram sob o veículo, e é um trabalho minucioso essa extração das vítimas", disse.
Ainda segundo a corporação, seis torcedores recusaram atendimento médico e outros 27 foram conduzidos para hospitais. A maior parte das vítimas foi conduzida para o Hospital Municipal de Contagem. Os outros torcedores foram levados aos Hospitais Municipais de Betim e Oliveira e Hospital João XXIII.
"Viagem irregular"
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em nota, informou que o veículo envolvido no acidente não possui registro nem autorização para realizar o transporte interestadual de passageiros, o que classifica a viagem como irregular. "A ANTT esclarece que fornecerá, quando solicitadas, todas as informações necessárias às autoridades de segurança pública para apoiar as investigações", diz a nota.
Vítimas
Segundo o Corpo de Bombeiros, os torcedores que morreram no local não portavam documento de identificação, o que irá dificultar o reconhecimento das vítimas.
Local do acidente
O local é uma forte descida, com curvas fechadas.
O segmento é conhecido como a Alto da Conquista e é um dos trechos mais perigosos da Rodovia Fernão Dias por se tratar de um local sinuoso e de serras, com curvas fechadas e declives fortes, apesar de duplicado, dotado de separação de pistas por barreira de concreto e contar com acostamento.
Nesse mesmo trecho, três quilômetros adiante, se encontra o local que foi considerado o mais mortal da Fernão Dias e o segundo pior de Minas Gerais, entre 2020 e 2022, quando sete pessoas morreram e quatro ficaram feridas, como mostrou a reportagem do Estado de Minas.
O acidente com os torcedores agravou a situação do Km 526. O pior techo de Minas Gerais fica no Km 509 da BR-251, que registrou nove mortes e 12 feridos no mesmo período.
A concessionária que administra a rodovia, a Arteris Fernão Dias, informou que "atuou no atendimento com o envio de viaturas e mais de 20 colaboradores mobilizados no local", sendo que a prioridade seria o atendimento às vítimas e liberação do fluxo.