O furto de equipamentos avaliado em R$ 1 milhão de uma clínica médica em Uberlândia, no fim de semana, pode estar ligado a quadrilha especializada nesse tipo de crime. A Polícia Civil investiga o caso, que é parecido com uma ação registrada em julho, na cidade de Canoas (RS).
No município do Triângulo Mineiro, dois homens e uma mulher foram flagrados por câmeras de segurança entrando na clínica, que fica em um complexo hospitalar. De lá, levaram equipamentos para exames de ultrassom e endoscopia. As máquinas são colocadas em malas e levadas sem grandes dificuldades.
O caso chama a atenção pela especificidade do material furtado, cuja utilização depende de conhecimentos técnicos e têm mercado de venda de nicho. Além disso, nenhum outro objeto de valor foi levado pelo trio.
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“Esse tipo de equipamento, caso seja vendido, precisa de um rede e de receptadores. Não se trata de um furto comum de computadores ou celulares. Estamos investigando o caso e em contato com outras polícias civis que receberam casos semelhantes em outros estados do país”, disse o delegado chefe do 9º Departamento da Polícia Civil, Marcos Tadeu Brandão.
O Hospital Universitário de Canoas (RS) foi furtado em julho e câmeras de segurança flagraram um casal no setor de endoscopia, furtando dez aparelhos utilizados para a realização de exames. O prejuízo foi de R$ 500 mil, aproximadamente. Além do tipo de furto cometido semelhante, um homem flagrado na unidade médica do Sul do país parece usar um tipo de peruca – item utilizado como disfarce também em Uberlândia.
Dois presos
Ainda no fim de semana, o mesmo complexo hospitalar mineiro foi invadido por dois homens que acabaram presos, flagrados furtando outra clínica no mesmo local. Da sala foram levados quatro notebooks. Os seguranças do complexo que abordaram os ladrões e a Polícia Militar foi chamada.
Ainda de acordo com o delegado Marcos Tadeu, não se pode ligar os dois crimes em Uberlândia, mas a prisão dos homens pode ajudar no esclarecimento da questão.
Em nota, o complexo hospitalar informou estar colaborando com as investigações.