Um grupo de amigos denuncia um caso de agressão física e truculência por parte de um agente de segurança privada presente na Virada Cultural de Belo Horizonte, que ocorreu na noite de domingo (20/8). O fato aconteceu no Parque Municipal, na Região Central de Belo Horizonte, e o Estado de Minas teve acesso ao Boletim de Ocorrência registrado pelo grupo.
O documento de registro policial narra que duas pessoas desse grupo viram outros dois participantes, até então desconhecidos, sendo agredidos. Quando esses dois primeiros tentaram registrar esse fato em vídeo, eles foram agredidos por questionar a conduta de um dos agentes da Ágata Vigilância, empresa que prestava serviço para o evento.
A desavença havia sido porque dois dos quatro amigos teriam trocado duas fichas de cerveja em dinheiro para comprar a bebida de ambulantes, pois já não havia a marca desejada por eles dentro do Parque. Eles, então, compraram as bebidas e foram informados que estava proibida a entrada de latas de cerveja de fora do Parque.
A dupla passou o líquido de dentro das latas para copos de plástico. Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, um dos agentes abordou os dois, de modo violento, e esmagou a lata no chão. Outro integrante desse grupo tentou novamente registrar os fatos em vídeo, e o mesmo agente o impediu de gravar e disse que, caso fosse gravado algo, o agente iria quebrar o telefone celular.
Outros agentes chegaram ao local e tentaram dissipar a confusão e também chamaram a responsável pela equipe de segurança. De acordo com o documento, não houve nenhum contato direto com o grupo de amigos e a responsável, que alegou que eles estavam atrapalhando a passagem das outras pessoas no evento.
Após esses fatos, um dos integrantes do grupo ainda tentou argumentar o porque do comportamento do agente de segurança que os tratou com truculência. Ele, então, foi pego pelo braço e deu um 'mata-leão', conduzindo-o para fora do Parque até a calçada e o impediu de retornar ao local. O grupo que faz a denúncia ainda relatou que o agente não estava devidamente identificado com o crachá, conforme a reportagem apurou junto a empresa.
O que dizem a empresa de segurança e a Prefeitura de Belo Horizonte
A reportagem entrou em contato com a Ágata Vigilância e até o momento de publicação dessa matéria, a instituição não havia recebido nenhuma informação sobre o caso. O espaço segue aberto para futuras manifestações e posicionamentos oficiais. A Prefeitura de Belo Horizonte também foi procurada pela reportagem e enviou a seguinte resposta:
"Conforme conversamos, verificamos que não houve nenhum acionamento da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH, seja pessoalmente ou pelo telefone 153, com essas características, dentro ou fora do Parque Municipal Américo Renné Gianetti. Vale destacar que a Guarda atuou de forma preventiva, realizando o patrulhamento de toda a área onde ocorreram eventos da Virada Cultural. O Parque Municipal foi um deles, sendo um espaço onde o acionamento dos agentes pode ser feito diretamente ou via telefone, por quem necessitou de algum tipo de auxílio ou informação."
"Conforme conversamos, verificamos que não houve nenhum acionamento da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte (GCMBH, seja pessoalmente ou pelo telefone 153, com essas características, dentro ou fora do Parque Municipal Américo Renné Gianetti. Vale destacar que a Guarda atuou de forma preventiva, realizando o patrulhamento de toda a área onde ocorreram eventos da Virada Cultural. O Parque Municipal foi um deles, sendo um espaço onde o acionamento dos agentes pode ser feito diretamente ou via telefone, por quem necessitou de algum tipo de auxílio ou informação."