Os professores da rede municipal de educação de Belo Horizonte se reuniram em uma assembleia nesta terça-feira (22/8), para se posicionarem contra a contratação temporária de professores por meio de Processo Seletivo Simplificado (PSS). A proposta do secretário de educação Charles Martins Diniz, que deixou o cargo, alteraria a Lei nº 11.579/2019. As aulas já não estão mais paralisadas, e voltam à normalidade nesta quarta (23/8).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE/BH), cerca de 1500 trabalhadores compareceram à assembleia, que terminou com um ato em frente à Prefeitura Municipal de BH (PBH).
Ainda conforme a entidade, 80% das escolas municipais aderiram à paralisação, mas a Secretaria Municipal de Educação (SMED) diz que apenas 21% das escolas participaram do movimento.
De acordo com Thiago Ribeiro, integrante do Sind-REDE, que esteve na assembleia, o PSS “é prejudicial para toda a categoria (dos professores) e aos alunos”, porque contribui para sucatear a educação.
A SMED, por meio do PSS, propõe: “A substituição temporária de professores em efetivo exercício eventualmente afastados ou em cargos vagos” e “atendimento às demandas de natureza pedagógica emergencial”, informou a Secretaria por meio de nota.
Os profissionais presentes na ocasião também votaram um indicativo de greve e a possibilidade de adiantamento da próxima assembleia, que está marcada para o dia 14/9. O sindicato tem o objetivo de negociar com a PBH a campanha salarial para 2024, mas aguarda posicionamento do órgão depois da saída do secretário de educação.
*Estagiária com supervisão do subeditorDiogo Finelli.