A família do estudante de Turismo, Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, de 26 anos, fará um culto em homenagem ao jovem na quinta-feira (24/8), em uma igreja de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
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A advogada da família do jovem informou que o sentimento é de alívio. “É um alívio prévio, porque a família estava apreensiva com o acusado em liberdade. Agora os próximos passos é auxiliar o Ministério Público, no pleito acusatório, a fim de resguardar que o acusado seja denunciado pela prática de todos os crimes que cometeu.”
Gabriel trabalhava em uma empresa de turismo e sonhava em ser comissário de bordo. O jovem é definido pelo primo, Rafael, como alegre, amoroso e carinhoso.
“Marcamos esse culto para clamar por justiça. Nossa família, amigos e entes queridos estarão presentes. Vamos lutar para que o responsável por tirar o Gabriel de nós seja julgado e condenado”.
O crime
De acordo com boletim de ocorrência, o primo da vítima contou que estava dirigindo um carro Volkswagen Fox, com a mãe e a vítima como passageiros. Na altura da rua José Cassimiro Nogueira, ele afirmou que atropelou um cachorro que entrou de forma repentina na rua.
Quando o trio voltou para casa, um motociclista se aproximou do imóvel e questionou quem havia atropelado o cachorro. Antes de receber uma resposta, o suspeito atirou.
A tia da vítima contou à polícia que estava no banheiro quando escutou os disparos e o grito de socorro do sobrinho.
A vítima chegou a ser socorrida para o Hospital São Judas Tadeu, mas morreu durante cirurgia.
A perícia da Polícia Civil foi acionada e recolheu 10 cápsulas deflagradas no local do crime. A janela da sala e a fachada da casa foram danificadas devido aos disparos.
A Polícia Militar localizou câmeras de segurança na região que flagraram a ação do suspeito. Depois de atirar, ele fugiu em direção ao centro de Ribeirão das Neves.
O suspeito
O suspeito de atirar contra Gabriel é Anderson Barbosa de Siqueira, um agente penitenciário de São Paulo que está afastado da função. Natural do Ceará, Anderson trabalhava como agente penal na capital paulista até ser afastado. Em Ribeirão das Neves, ele atuava como agente de trânsito contratado pela prefeitura da cidade.
O que mais choca a família da vítima é que Anderson tem 27 passagens pela polícia, a maioria, por crimes de violência. "Dizem, até, que um deles é por estupro", ressalta Rafael Ângelo de Araújo, primo do estudante. Sete desses processos continuam em aberto.
Antes de se mudar para São Paulo e se tornar agente penal, Anderson teria tentado entrar para a Guarda Municipal, em Neves, mas foi reprovado no exame psicológico.