Os professores de escolas particulares que integram o Sinpro-MG (Sindicato do Professores do Estado de Minas Gerais) rejeitaram a proposta do Sinepe-MG (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado de Minas Gerais) em assembleia realizada na noite dessa quarta-feira (23/8).
Diante do impasse, a categoria dos professores representados pelo Sinpro-MG programou uma nova assembleia na próxima quarta-feira (30/8), com paralisação das atividades. A reportagem do Estado de Minas conversou com Valéria Morato, presidente do Sinpro-MG.
A representante indicou que os professores das escolas particulares "foram pegos de surpresa" com a proposta apresentada pelo Sinepe-MG. Diante desse cenário, Valéria explicou que a categoria "rejeitou veementemente" a proposição apresentada.
"O que está em jogo é todo o regramento para o coletivo de professores das escolas privadas. Primeiro, a cláusula de férias coletivas, eles [Sinepe-MG] querem alterar as férias coletivas", exemplificou.
A presidente do Sinpro-MG ainda detalhou que a proposta apresentada pelo Sinepe-MG era reduzir os parâmetros no adicional por tempo de serviço dos professores. Por fim, a isonomia salarial é um dos outros pontos desse impasse.
A reportagem também entrou em contato com Winder Almeida, presidente do Sinepe-MG, que relatou que as negociações estão sendo construídas de maneira conjunta entre o sindicatos e o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) desde abril desse ano.
"Isso faz parte da negociação. Leva-se uma proposta para a assembleia, nossa assembleia, do [sindicato] patronal, já recusou várias propostas e eles [Sinpro] recusaram essa, construída junto com o desembargador", disse.
Foi apurado pela reportagem com ambas as representações sindicais que haverá uma nova rodada de negociações entre o Sinpro-MG, o Sinepe-MG e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG), nesta sexta-feira, às 14h, para buscar alguma solução para o impasse nas tratativas.
*Estagiário com supervisão do subeditor Diogo Finelli.