A audiência no Juizado Criminal envolvendo o motoboy Lincoln Santos, de 20 anos, agredido por dois homens no último dia 15, terminou sem acordo. Lincoln foi agredido após realizar uma entrega no bairro Caiçara, região Nordeste de Belo Horizonte.
A defesa do pai e do filho que fizeram o pedido por aplicativo aceitou a transação penal proposta pelo Ministério Público de inclusão e frequência dos dois em um grupo de pessoas em situação de conflitos por 2 meses, com 8 sessões nesse período.
A proposta foi recusada pela defesa do motoboy, que alegou que novas provas indicam que ele teria sido agredido por um canivete.
A defesa dele ainda reclamou da incompetência dos Juizados Especiais Criminais para resolver o fato e solicitou que as provas sejam repassadas para a Vara de Inquéritos, para que seja aberta investigação sobre a ocultação do canivete e de uma possível fraude processual, já que os agressores não apresentaram a arma branca no momento da ocorrência policial.
O caso será repassado ao Ministerio Publico junto das novas provas.
Relembre o caso
O caso ocorreu na terça-feira (15/8) em uma residência do Bairro Caiçaras, na Região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, houve um desentendimento entre o cliente e o entregador, resultando em uma agressão entre os dois.
O entregador alegou que foi agredido e acusado de querer roubar a comida dos clientes após pedir o código de confirmação da entrega. Já no relato dos moradores, o pedido teria demorado para ser entregue e que, quando o entregador chegou, eles desconfiaram que ele teria aberto o pacote e comido a feijoada.
Em entrevista ao Estado de Minas, o tenente Louzer, que atendeu a ocorrência, disse que o desentendimento começou com um atrito verbal e evoluiu para uma agressão física. Ele explica que os quatro envolvidos - três clientes e o entregador - são vítimas e autores do crime. "Foram agressões mútuas."