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Estado de Minas BELO HORIZONTE

'Não é lícito?', questiona jovem preso por tráfico na Marcha da Maconha

Dois homens, de 22 e 26 anos, foram flagrados pela Polícia Militar repassando drogas na Praça da Estação na tarde deste sábado (26/8)


26/08/2023 23:37 - atualizado 27/08/2023 13:06
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Marcha da Maconha aconteceu em Belo Horizonte, na tarde deste sábado (26/8)
Marcha da Maconha aconteceu em Belo Horizonte, na tarde deste sábado (26/8) (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA. Press)
A Polícia Militar prendeu dois homens, de 22 e 26 anos, por tráfico de drogas durante a Marcha da Maconha, que aconteceu neste sábado (26/8) com concentração na Praça da Estação. 
 
Ao Estado de Minas, a PM informou que os militares, inicialmente, foram à Praça da Estação para falar com os organizadores a fim de saber o horário que o evento teria início. Por volta das 14h, enquanto monitoravam a concentração, os policiais flagraram a dupla oferecendo drogas às pessoas.
Segundo a PM, eles não ofereceram resistência durante a abordagem, sendo que um dos jovens questionou “se não seria lícita a conduta deles”, já que participavam de uma manifestação a favor da descriminalização do entorpecente. 
 
Ambos receberam voz de prisão em flagrante e foram levados à delegacia. Quatro buchas de maconha, um celular e a quantia de R$ 107 foram apreendidos. 

Manifestação

demora do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgar um recurso que discute a descriminalização do porte para uso pessoal da droga deu o tom do ato na tarde deste sábado. Às 16h20, os manifestantes caminharam em direção à Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul da capital.
 
A Marcha da Maconha completa 15 anos em Belo Horizonte. O tema deste ano é “Vamos plantar para reparar vidas” e busca discutir o uso medicinal da droga. O caso levado ao Supremo pede a suspensão de um artigo da Lei Antidrogas que proíbe o armazenamento, plantio e transporte de drogas para uso pessoal.
 
O STF retomou o julgamento sobre a descriminalização na última quinta-feira (24/8). O tema começou a ser analisado pelo plenário em 2015 e, desde então, ficou parado na Corte após um pedido de vistas — mais prazo para analisar o caso — por parte do ministro Teori Zavascki.
O magistrado, porém, morreu em um acidente aéreo, e o ministro Alexandre de Moraes herdou o processo e o devolveu para julgamento no plenário em 2018. Já são quase oito anos com a ação parada.
 
O julgamento desta semana foi interrompido por pedido de vista do ministro André Mendonça, mas a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, decidiu antecipar seu voto, já que se aposenta em setembro. Os ministros Nunes Marques e Luiz Fux decidiram aguardar a volta do caso após o pedido de Mendonça.


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