Jornal Estado de Minas

HOMICÍDIO

Homicídio no Anel Rodoviário: advogado de defesa explica a motivação do crime

Ruy Gomes da Silva, suspeito de matar Cléber Esteves, de 38 anos, no Anel Rodoviário, nessa sexta-feira (25/8)  foi preso na tarde desta terça (29/8). Ele foi localizado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na região Hospitalar de Belo Horizonte, no bairro Santa Efigênia. O autor do crime estaria indo se entregar à polícia quando foi preso, e confessou o homicídio.




O advogado de defesa, Nathan Nunes, conta que quando assumiu o caso, no dia seguinte ao crime, entrou em contato com o Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para “alinhar”, como ele disse, a apresentação do suspeito, de 48 anos. O autor dos disparos já tinha passagem pela polícia por falsificar documento oficial.

O advogado alega que o crime teria acontecido em legítima defesa, porque o seu cliente estava sendo constantemente ameaçado e perseguido ao longo do Anel Rodoviário (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
“Até mesmo pela segurança do suspeito, nós preferimos articular essa apresentação, com o comparecimento dele (do suspeito)”, afirma Nathan. “Por uma questão de segurança, a gente definiu que a apresentação seria hoje”, completa. 

O advogado alega que o crime teria acontecido em legítima defesa, porque o seu cliente estava sendo constantemente ameaçado e perseguido ao longo do Anel Rodoviário. “Ele (o autor do crime) não tinha outra opção que não fosse a do cometimento do crime. Não tinha outra alternativa a não ser agir em legítima defesa”, justifica Nathan.




Ao entrar na viatura, o suspeito disparou uma única frase, a respeito de Cleber: “Ele não é meu amigo”. O advogado explica que o autor e a vítima não são amigos, apenas fazem parte do mesmo ciclo de amizade e moram no mesmo bairro. Nathan negou que existia alguma rivalidade entre os dois, e que o crime tenha sido motivado por ciúmes. 

Nathan Nunes ainda explicou que a briga entre os dois começou no dia do crime, com um desentendimento em uma boate. “Essas ameaças aconteceram todas no contexto do dia 25”, diz.
 
O suspeito disse à PC que desmontou a arma do crime, que, de acordo com a defesa, ainda não foi localizada. “É uma investigação ainda embrionária”, diz o advogado.
 
*Estagiária com supervisão do subeditor Diogo Finelli.