Professores da rede particular de ensino de Belo Horizonte cruzam os braços nesta quarta-feira (30/8) para discutir em assembleia — comandada pelo Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) — medidas que visam assegurar os direitos dos profissionais da educação. A categoria se reúne às 9h e não descarta deflagrar greve geral caso as reivindicações não sejam atendidas.
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O Estado de Minas teve acesso à comunicação enviada aos pais por duas tradicionais escolas da capital. O Colégio Bernoulli informa a decisão dos professores, mas assegura que a unidade no bairro Santo Antônio irá “funcionar normalmente nos dois turnos, oferecendo várias atividades pedagógicas e que não haverá nenhuma atividade avaliativa nesta data”. Por fim, o colégio diz que as “atividades letivas” previstas para esta quarta serão repostas em 30 de setembro.
O Colégio Magnum, ao comunicar a paralisação no turno da manhã, também garante que as atividades em sala do primeiro e segundo ano do ensino fundamental serão acompanhadas pela coordenação e pelos monitores. O mesmo vale para alunos do infantil ao quinto ano. Os estudantes do terceiro ano do ensino fundamental até a terceira série do ensino médio serão liberados às 9h40.
O que diz o sindicato patronal
Em comunicado à imprensa, o Sinepe-MG diz que reuniões semanais têm acontecido com o sindicato dos professores desde o início das tratativas em março. “A assembleia dos professores rejeitou a proposta construída em mesa pelas comissões de negociação”, relata o Sinepe. “Deve ser considerado que estamos propondo adequações essenciais para a sustentabilidade das instituições e não a supressão de benefícios”, completa.
“Dentre os benefícios que não sofreriam alteração na proposta recusada pela assembleia do sindicato profissional, podemos citar o adicional por atividade extraclasse, que corresponde a 20 % sobre o salário dos docentes; os recessos remunerados em julho, no carnaval e na semana santa; e os benefícios de bolsas de estudo para o próprio professor, cônjuge e dependentes que podem atingir até 80% sobre o valor das mensalidades”, diz o texto.
“Importante ressaltar que as bolsas de estudos, embora liberadas pelo sindicato profissional (SINPRO/MG), são custeadas pelas instituições de ensino sem nenhum repasse e/ou reembolso de valores para as escolas por parte do referido sindicato de empregados”, finaliza.