Jornal Estado de Minas

EMBATE ENTRE SINDICATOS

Professores de escolas particulares cruzam os braços em BH nesta quarta

Professores da rede particular de ensino de Belo Horizonte cruzam os braços nesta quarta-feira (30/8) para discutir em assembleia — comandada pelo Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) — medidas que visam assegurar os direitos dos profissionais da educação. A categoria se reúne às 9h e não descarta deflagrar greve geral caso as reivindicações não sejam atendidas. 




 
“Também querem alterar o período de férias, modificando o mês de janeiro. Então, os professores entenderam que uma paralisação é necessária”, afirma. Conforme o sindicato, as férias vão até dia 31, mas há a intenção de reduzir para 24.  “Nesta quarta, também vamos discutir o pagamento retroativo a 1º de abril, que é a data-base de uma recomposição salarial”, completa. 
 
O Estado de Minas teve acesso à comunicação enviada aos pais por duas tradicionais escolas da capital. O Colégio Bernoulli informa a decisão dos professores, mas assegura que a unidade no bairro Santo Antônio irá “funcionar normalmente nos dois turnos, oferecendo várias atividades pedagógicas e que não haverá nenhuma atividade avaliativa nesta data”. Por fim, o colégio diz que as “atividades letivas” previstas para esta quarta serão repostas em 30 de setembro. 
 
O Colégio Magnum, ao comunicar a paralisação no turno da manhã, também garante que as atividades em sala do primeiro e segundo ano do ensino fundamental serão acompanhadas pela coordenação e pelos monitores. O mesmo vale para alunos do infantil ao quinto ano. Os estudantes do terceiro ano do ensino fundamental até a terceira série do ensino médio serão liberados às 9h40. 




 

O que diz o sindicato patronal

Em comunicado à imprensa, o Sinepe-MG diz que reuniões semanais têm acontecido com o sindicato dos professores desde o início das tratativas em março. “A assembleia dos professores rejeitou a proposta construída em mesa pelas comissões de negociação”, relata o Sinepe. “Deve ser considerado que estamos propondo adequações essenciais para a sustentabilidade das instituições e não a supressão de benefícios”, completa. 
 
“Dentre os benefícios que não sofreriam alteração na proposta recusada pela assembleia do sindicato profissional, podemos citar o adicional por atividade extraclasse, que corresponde a 20 % sobre o salário dos docentes; os recessos remunerados em julho, no carnaval e na semana santa; e os benefícios de bolsas de estudo para o próprio professor, cônjuge e dependentes que podem atingir até 80% sobre o valor das mensalidades”, diz o texto. 
 
“Importante ressaltar que as bolsas de estudos, embora liberadas pelo sindicato profissional (SINPRO/MG), são custeadas pelas instituições de ensino sem nenhum repasse e/ou reembolso de valores para as escolas por parte do referido sindicato de empregados”, finaliza.