Os professores da rede particular de ensino de Minas Gerais aprovaram o estado de greve e anunciaram uma nova paralisação para a próxima terça-feira (5/9), após rejeitar a proposta de reajuste apresentada pelo Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG).
Nesta manhã (30/8), mais de 800 trabalhadores se reuniram em assembleia geral, no Centro de Belo Horizonte. Segundo o Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), a paralisação impactou mais de 20 mil alunos em todo estado.
Em negociações desde março, a categoria acusa o Sinepe-MG de tentar retirar direitos conquistados pelos professores. "Chegamos ao limite. Se tiver uma nova proposta, nós podemos entrar em greve", afirma Valéria Morato, presidente do Sinpro-MG.
Entre as mudanças sugeridas pelo sindicato patronal, estão a diminuição do adicional por tempo de serviço e alteração no período de férias. "Não vamos aceitar isso", declara Valéria.
A possibilidade de uma greve por tempo indeterminado será avaliada pela categoria em uma nova assembleia geral, marcada para a próxima terça-feira (5/9), às 17h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O que dizem as escolas
Em comunicado à imprensa, o Sinepe-MG se defende e diz propor adequações essenciais para a sustentabilidade das instituições e não a supressão de benefícios.
"Dentre os benefícios que não sofreriam alteração na proposta recusada pela assembleia do sindicato profissional, podemos citar o adicional por atividade extraclasse, que corresponde a 20% sobre o salário dos docentes; os recessos remunerados em julho, no carnaval e na semana santa; e os benefícios de bolsas de estudo para o próprio professor, cônjuge e dependentes que podem atingir até 80% sobre o valor das mensalidades", diz o texto.