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Estado de Minas INÉDITO NO BRASIL

Congonhas adota tecnologia sustentável no combate ao mosquito da dengue

A solução consiste na liberação de mosquitos macho modificados para o controle das fêmeas, que são responsáveis por transmitir as doenças.


30/08/2023 17:06 - atualizado 30/08/2023 17:21
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Mosquito Aedes Aegypti
O mosquito macho auto limitante é liberado na natureza em busca de fêmeas para cruzar. (foto: Divulgação)
 
O município de Congonhas, na região Central de Minas Gerais, é o primeiro do Brasil a adotar tecnologia sustentável para combate ao mosquito Aedes aegypti. A iniciativa chamada 'Aedes do Bem' é desenvolvida pela multinacional inglesa Oxitec e consiste na utilização de mosquitos “geneticamente modificados” no combate ao transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. 

A tecnologia consiste na liberação de mosquitos machos, que não picam e não transmitem doenças, auto limitantes para o combate da própria espécie. A bióloga e Coordenadora de Operações de Campo dos Programas de Saúde na Oxitec, Luciana Medeiros, explica: “A gente espalha pela cidade as Caixas do Bem, onde se encontram ovos desses machos autolimitantes. Quando atingem a fase adulta, esses mosquitos acasalam com as fêmeas, que são responsáveis por picar e transmitir doenças. Desse cruzamento, origina-se uma prole só de machos”. 
 
O resultado são descendentes de machos autolimitantes, já que as fêmeas não chegam à fase adulta. A Oxitec afirma que a solução é capaz de diminuir o número de fêmeas e controlar a população do mosquito de forma direcionada. 

A caixa do bem libera cerca de 1000 mosquitos e possui refis que serão trocados a cada 28 dias pelos agentes de saúde da Prefeitura de Congonhas. Luciana reafirma a segurança da tecnologia: “É importante destacar que são mosquitos que não fazem mal para a população e a natureza e possuem aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). É uma solução biológica para controle de pragas”.
 

A partir deste mês, 4.560 caixas com os ovos dos mosquitos modificados serão instaladas em 1.520 pontos distribuídos por toda zona urbana de Congonhas. Essa será a primeira vez que uma cidade brasileira aplica a tecnologia em 100% do território. 

Para o Secretário Municipal de Saúde de Congonhas, Allan Diego Falci, a aplicação da solução é motivo de orgulho para a cidade. “ A intenção é proteger a população nessas épocas de endemia. A gente sabe que a dengue é um problema muito antigo e queremos cuidar com carinho dos cidadãos”. 

Para ele, a solução é a que melhor se adequa à realidade de Congonhas. “Estamos pensando de forma preventiva, né?  Ou seja, a gente não vai esperar a pessoa ficar doente para depois ter que contratar médico ou tratamento ou até espalhar inseticida. Estamos convictos que vai dar certo e vamos virar exemplo para o Brasil”, finaliza. 

De acordo com o Secretário, a previsão é que até setembro todos os 1520 pontos estarão instalados para cobrir a extensão territorial. 


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