O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) se manifestou, por meio de um comunicado, pedindo que o impasse travado com o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) seja resolvido, depois de mais de 30 dias da ocupação Maria do Arraial. O prédio em que estão as 250 famílias fica no Centro de Belo Horizonte.
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Entrave sem solução
No dia 31 de julho, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) recebeu uma notificação judicial enquanto esperava por uma rodada de negociações com o Senac.
A instituição entrou com um pedido de urgência na Justiça de Minas Gerais três dias depois de uma reunião com integrantes do MLB que durou cerca de seis horas. Além dos militantes e do Senac, também estiveram presentes representantes da Urbel, da Secretaria de Assistência Social, do Ministério Público e da Defensoria Pública.
Perfil da ocupação Maria do Arraial
O prédio de 10 andares na Rua da Bahia, no Centro de BH, abriga mais de 300 pessoas, sendo 250 famílias, desde 28 de julho. Quem ocupa o imóvel são pessoas que foram despejadas por não conseguir pagar aluguel de suas moradias, gente que mora de favor, pessoas em situação de rua e moradores de áreas de risco.
O nome Maria do Arraial homenageia uma senhora que morava onde é o Palácio da Liberdade hoje, e teria sido a primeira mulher a resistir a despejos. O movimento tem o objetivo de cumprir a função social de imóveis inutilizados em Belo Horizonte. De acordo com o MLB, existem 107 mil imóveis vazios e quase 9 mil pessoas morando na rua na capital mineira.