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Estado de Minas PIRÂMIDES FINANCEIRAS

Sócios do 123 Milhas faltam em CPI e devem ser conduzidos coercitivamente

CPI das Pirâmides Financeiras, no requerimento, alega estar preocupada que o caso da 123 Milhas esteja configurado como esquema de pirâmide


30/08/2023 22:07 - atualizado 30/08/2023 22:15
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Sede da 123 Milhas, em Belo Horizonte
Em 18 de agosto, a 123 Milhas suspendeu as emissões de passagens e pacotes da linha Promo123Milhas, que tinha datas flexíveis para viagens (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA)
Os sócios da 123 Milhas, os irmãos Ramiro e Augusto Júlio Soares Madureira, faltaram pela segunda vez a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Pirâmides Financeiras nesta quarta-feira (30/8). O presidente da CPI deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) afirmou que vai requerer a condução coercitiva dos empresários.

"Caso os depoentes se eximam de comparecer novamente, não restará alternativa a esta CPI que não seja requerer a condução coercitiva, pois como foi frisado no voto da eminente ministra [Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF)] eles têm um dever de comparecer", afirmou Ribeiro. Ele citou uma decisão da ministra Cármen Lúcia, tomada nessa segunda-feira (28/8), que determinava que eles comparecessem a comissão, mas com o direito de permanecer em silêncio.

Os irmãos alegaram que no momento em que ocorreu a sessão eles tinham uma agenda com o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA). A reunião não consta na agenda pública de Sabino.

Na última terça-feira (29/8), eles também faltaram a comissão argumentando que não haviam sido formalmente convocados. No mesmo dia, a empresa pediu recuperação judicial e declarou ter dívidas da ordem de R$ 2,3 bilhões. Se o processo de falência for aceito, os clientes podem ser os últimos a serem ressarcidos

Em 18 de agosto, a empresa suspendeu as emissões de passagens e pacotes da linha Promo123Milhas, que tinha datas flexíveis para viagens, com previsão para ocorrer entre setembro e dezembro deste ano. 
No requerimento, a CPI alega estar preocupada "de que o caso da 123 Milhas esteja configurado como esquema de pirâmide financeira" e que "a venda dos pacotes de viagem era feita sem que houvesse qualquer compromisso de arcar com a responsabilidade junto a seus clientes".

Nos últimos dias a empresa também demitiu funcionários em meio a crise.
 
*Com informações da Agência Câmara e Folhapress 


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