Jornal Estado de Minas

DESCOBERTA E DOR

Empresário descobre que seu melhor amigo lhe roubou R$ 500 mil

Imagine que você tem um comércio e descobre que está sendo roubado. Depois de fazer um levantamento, percebe que desapareceram de seu caixa cerca de R$ 500 mil em cheques. Pior, vê, com a ajuda de câmeras de segurança, que o ladrão é um de seus melhores amigos e que também era seu prestador de serviço. Pois foi o que aconteceu com um empresário de 57 anos que atua na área de malharia, na cidade de Jacutinga, na divisa de Minas Gerais com São Paulo.





 

O empresário acionou a Polícia Civil (PCMG), a quem entregou as fitas de vídeo com as gravações do roubo e, nas investigações, três homens, de 31, 36 e 37 anos, foram presos acusados de furto qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

 

As investigações tiveram início em junho, quando o empresário procurou a polícia. A vítima começou a desconfiar de que estava sendo roubada por um funcionário quando a receita começou a cair e, ao conferir as encomendas e vendas, os valores que entravam no caixa da empresa não correspondiam às negociações feitas.

 

A partir dessa desconfiança, o empresário mandou instalar câmeras de segurança, escondidas dentro do cofre da empresa, com objetivo de identificar o ladrão.

 

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As imagens capturadas foram surpreendentes e, como disse a vítima, flagrou a pessoa que ele menos suspeitava, um de seus melhores amigos, que trabalhava para ele fazendo serviços de entregador. Este homem acessou o cofre e retirou alguns cheques.





 

A partir das imagens, os policiais passaram a investigar o suspeito, sem que ele fosse interpelado, e descobriram que o mesmo vinha fazendo movimentações de dinheiro vultosas, o que aumentou ainda mais as suspeitas, como por exemplo, um aumento patrimonial incompatível com o que ganhava.

 

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Nas investigações, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão, e conseguiram a quebra de sigilo bancário. Esse desdobramento possibilitou a descoberta do modus operandi, revelando um padrão de comportamento. Os cheques eram convertidos em dinheiro, que depois era depositado na conta do suspeito, sua mulher e também um cunhado.

 

A mulher e o cunhado do suspeito movimentaram cerca de R$ 200 mil. Os três presos foram levados para o sistema prisional de Pouso Alegre e Santa Rita do Sapucaí.