Com a maior taxa de positividade de testes para COVID-19 do país e a chegada de uma nova variante no Brasil, Minas Gerais esbarra na baixa adesão da população ao reforço da vacina para conter o avanço da doença. Apenas 26,78% do público procurou os postos de saúde para receber a segunda dose de reforço, equivalente à quarta dose do imunizante, conforme dados do painel do Vacinômetro.
Segundo levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), Minas Gerais tem 21,4% de positividade para COVID-19, liderando o ranking. Em seguida, aparecem Goiás (20,4%) e o Distrito Federal (19,5%). Na avaliação do secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, o número não é alarmante. "É pequeno se comparado ao nível de testagem avaliado. Qualquer variação vai parecer muito alta", disse.
Apesar de ainda não ter sido identificada no estado, a chegada de uma nova variante, apelidada de Éris, expõe a população ao risco de uma nova onda da doença. Baccheretti, reconhece a possibilidade de alta nos casos e espera um ciclo de sobe e desce. "É uma subvariante de preocupação. É claro que certamente os casos irão subir. Vamos ter esse ciclo de tendências de pessoas gripadas, mas ainda muito sutil", declarou a reportagem do Estado de Minas.
A baixa adesão da população às doses de reforço preocupa as autoridades de saúde. "A COVID-19 ainda mata, e temos muitas pessoas que não se vacinaram. Se acomodaram achando que acabou", afirma. "Não muda, não tem segredo, a forma de se proteger é pela vacinação. A COVID é um vírus que pode matar, mas a letalidade é muito menor com a imunização", completa o secretário de saúde.
O ritmo da vacinação segue a passos lentos. De acordo com o painel do vacinômetro, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), a primeira dose de reforço foi aplicada em 68,44%. O maior déficit está entre o público infantil. O ritmo da vacinação freou antes de alcançar metade do público com a segunda dose da proteção contra a COVID-19. Apenas 4,61% tomaram a dose de reforço.