A morte de uma adolescente de 17 anos, em junho deste ano, trouxe à tona um esquema de aliciamento de menores para prostituição em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A jovem foi morta acidentalmente pela cafetina, de 21 anos, durante um encontro marcado por aplicativo de relacionamento.
A adolescente levou um tiro dentro da residência de um homem, de 43 anos, no bairro Campos Elísio. Na época, a mulher alegou ser amiga da adolescente, e que as duas conheceram o homem pela internet. Elas teriam ido até a casa dele para conversar e tomar cerveja. "O que chamou atenção é que só estavam a vítima e a suposta amiga no local. O homem fugiu, levando a arma. Mas, antes aciona o Samu", contou o delegado responsável pelas investigações, Roberto Veran, da Polícia Civil de Betim, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (5/9).
No encontro, o homem, que é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), se apresentou como policial civil e mostrou uma arma para as mulheres. Antes de entregar, ele retirou o carregador, sem perceber que ainda havia uma bala dentro do revólver. "Sem saber manusear a arma de fogo, a mulher dispara a arma e acaba matando a colega", detalhou o delegado. O tiro atingiu um braço e o coração da vítima. A suspeita de atirar na adolescente foi presa em flagrante no mesmo dia. A filha dela, de 3 anos, também estava na casa no momento do crime.
Durante as investigações, a polícia descobriu que a adolescente era, na verdade, explorada sexualmente pela suposta amiga. "O pano de fundo para que a adolescente estivesse lá foi realizar o programa sexual. Ela se prostituía para se manter, para se alimentar, e a cafetina se aproveitava disso", declara o delegado. A adolescente era de Igarapé, município também na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e havia fugido de casa. A família não sabia da situação. "Era uma jovem em situação de vulnerabilidade. Vinha de uma família muito simples", disse Veran.
Além da adolescente, a polícia descobriu uma rede de aliciamento de menores para a prostituição e três casos, envolvendo outras vítimas da agenciadora, estão em investigação. Os encontros eram marcados pela mulher por meio de um aplicativo de relacionamento. Ela enviava fotos das meninas nuas e acompanhava a ida delas no local do programa, que custava R$100. "Ela oferecia outras garotas também. A arte dela é oferecer menores. Tinha uma espécie de catálogo sexual", revela o delegado.
Os dois investigados, cliente e agenciadora, continuam em liberdade. A mulher foi indiciada pela Polícia Civil por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e pelo crime hediondo de exploração sexual de criança ou adolescente, cuja pena pode chegar até 10 anos de prisão. A polícia pediu a prisão preventiva da suspeita e aguarda decisão da justiça.
O cliente incide na mesma pena por exploração sexual de menores. No entanto, não há agravante para solicitar a prisão preventiva dele, que deve aguardar o julgamento em liberdade. "Ele colaborou com as investigações. A arma era legalizada. Por ser um fato isolado na vida dele, não é cabível a preventiva. Mas, ele foi indiciado, e segue o trâmite normal do processo penal brasileiro, que é a prisão depois de julgado", conclui o delegado.
No encontro, o homem, que é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), se apresentou como policial civil e mostrou uma arma para as mulheres. Antes de entregar, ele retirou o carregador, sem perceber que ainda havia uma bala dentro do revólver. "Sem saber manusear a arma de fogo, a mulher dispara a arma e acaba matando a colega", detalhou o delegado. O tiro atingiu um braço e o coração da vítima. A suspeita de atirar na adolescente foi presa em flagrante no mesmo dia. A filha dela, de 3 anos, também estava na casa no momento do crime.
Durante as investigações, a polícia descobriu que a adolescente era, na verdade, explorada sexualmente pela suposta amiga. "O pano de fundo para que a adolescente estivesse lá foi realizar o programa sexual. Ela se prostituía para se manter, para se alimentar, e a cafetina se aproveitava disso", declara o delegado. A adolescente era de Igarapé, município também na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e havia fugido de casa. A família não sabia da situação. "Era uma jovem em situação de vulnerabilidade. Vinha de uma família muito simples", disse Veran.
Além da adolescente, a polícia descobriu uma rede de aliciamento de menores para a prostituição e três casos, envolvendo outras vítimas da agenciadora, estão em investigação. Os encontros eram marcados pela mulher por meio de um aplicativo de relacionamento. Ela enviava fotos das meninas nuas e acompanhava a ida delas no local do programa, que custava R$100. "Ela oferecia outras garotas também. A arte dela é oferecer menores. Tinha uma espécie de catálogo sexual", revela o delegado.
Os dois investigados, cliente e agenciadora, continuam em liberdade. A mulher foi indiciada pela Polícia Civil por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e pelo crime hediondo de exploração sexual de criança ou adolescente, cuja pena pode chegar até 10 anos de prisão. A polícia pediu a prisão preventiva da suspeita e aguarda decisão da justiça.
O cliente incide na mesma pena por exploração sexual de menores. No entanto, não há agravante para solicitar a prisão preventiva dele, que deve aguardar o julgamento em liberdade. "Ele colaborou com as investigações. A arma era legalizada. Por ser um fato isolado na vida dele, não é cabível a preventiva. Mas, ele foi indiciado, e segue o trâmite normal do processo penal brasileiro, que é a prisão depois de julgado", conclui o delegado.