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O motorista de Fuvio, Robson Gonçalves dos Santos, de 52, também está preso preventivamente pela suspeita de envolvimento no crime.
Em entrevista ao Estado de Minas, o delegado de Homicídios de Colatina, Deverly Pereira Junior, que chefia a investigação do caso, disse que recebeu oficialmente o laudo do exame cadavérico do Serviço de Medicina Legal (SML), que aponta que a causa morte de Juliana Pimenta Ruas El Aouar foi “traumatismo craniano, causada pela bronquioaspiração do conteúdo gástrico”.
Também foi constatado que a vítima teve traumatismo craniano, “com duas leões consideráveis na cabeça que a levou a inconsciência e acabou fazendo com ela aspirasse o próprio vômito”, informou Deverly.
Embora o laudo do exame da necropsia aponte que o corpo de juliana apresentou marcas de violência e traumatismo craniano, o delegado afirmou que é preciso espera o avanço das investigações para saber se as lesões foram mesmo provocadas pelo suspeito do crime ou tiveram outra causa, como uma queda ou pancada contra a parede.
“Essa dinâmica a gente está tentando ainda entender. Pode ter sido uma ação direta do agressor. Mas isso a gente não pode confirmar ainda. A gente confirmou que existiam lesões na cabeça dela e em outras partes do corpo dela também”, pontuou.
Deverly salienta que embora ainda não se pode “cravar 100%” a motivação do crime, o que só sera possível ao final do trabalho de investigações, “de acordo com as evidências que forem colhidas”.
“Mas, ao tudo indica até o momento, foi feminicído, foi violência de gênero. Há indicativo de que a vítima estava planejando se separar do principal suspeito, que é o marido, e, provavelmente, ele não aceitou essa situação e aí acabou cometendo esse crime”, declarou o delegado.
As suspeitas de que o Fuvio pode ter ceifado a vida da mulher por não aceitar a separação foram reforçadas pelas declarações do pai da médica, o ex-prefeito e médico Teófilo Otoni Samir El Aouar. Ele afirmou que poucos antes de morrer, a filha lhe pediu ajuda para se separar alegando sofrer com a violência do marido.
“Ela já não aguentava mais. Veio aqui em casa e conversou comigo. Pediu ajuda para separar dele uma semana antes e arrumar um advogado. Ele planejou a morte da minha filha. Aproveitou a consulta dela em outro estado para fazer isso com ela. Só que não esperava que a polícia fosse ágil", declarou o pai da vítima, em entrevista à imprensa.
O delegado Deverly Pereira Junior informou que o pai da médica será ouvido pela polícia, visando aprofundar a linha de investigação sobre o real motivo da morte de Juliana. Ele informou que já encamhou uma carta precatória para a delegacia da policia civil em Teófilo Otoni, visando a coleta do depoimento de Samir El Aouar.