A Operação Resgate III retirou 532 trabalhadores de trabalhos análogos à escravidão somente no mês de agosto. Desse total, 204 pessoas foram resgatadas em Minas Gerais, o que coloca o estado na liderança com o maior número de trabalhadores retirados de situações degradantes.
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De modo geral, as equipes flagraram 26 crianças e adolescentes submetidos a trabalho infantil, sendo que seis estavam sob condições semelhantes à escravidão. Ao menos 74 do total de resgatados na operação foram vítimas de tráfico de pessoas.
As fiscalizações ocorreram nos seguintes estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.
O resgate de trabalhadores domésticos chegou a dez: três homens e sete mulheres. Uma delas é uma idosa de 90 anos que trabalhou por 16 anos sem carteira assinada na residência de uma empregadora, de 101, no Rio de Janeiro. A vítima é a pessoa mais idosa já resgatada de trabalho escravo no Brasil, segundo a Polícia Federal.
Estados com mais número de resgatados
Da segunda a quinta colocações em número de resgatados estão os estados de Goiás (126), São Paulo (54), Piauí (42) e Maranhão (42). Os resgates também aconteceram no Acre, na Bahia, no Espírito Santo, no Mato Grosso, em Pernambuco, no Paraná, no Rio de Janeiro, em Rondônia, no Rio Grande do Sul e no Tocantins.
Entre as atividades econômicas com maior número de vítimas na área rural estão o cultivo de café (98), de alho (97) e batata e cebola (84). Na área urbana, destacaram-se os resgates ocorridos em restaurantes (17), oficinas de costura (13) e construção civil (10), além de trabalho doméstico.