Os mineiros vão encontrar estradas mais movimentadas no 7 de Setembro, segundo a previsão de concessionárias que administram as vias para os principais destinos, como a Arteris Fernão Dias, da BR-381 (Contagem-Guarulhos), que estima ampliação em 15% do tráfego. As dificuldades e riscos podem se agravar com as chuvas intensas previstas para Minas Gerais. De forma geral, as concessionárias já esperam ampliação de fluxo de veículos a partir do meio-dia de hoje (6/9), véspera do feriado, até as 22h. Amanhã, a expectativa é que o tráfego intenso já comece na madrugada e vá até as 18h, sendo que no retorno, no domingo (10/9), a previsão é que o tráfego se intensifique entre as 10h e as 22h.
"Respeitar as regras de trânsito é fundamental para a segurança dos usuários. Lembre-se de redobrar a atenção em dias de chuva. A previsão do impacto (da chuva sobre o tráfego ampliado) pode e deve acarretar uma redução da velocidade por conta da pista molhada”, diz o gerente de Operações da Arteris, Edivaldo Braga. Ele recomenda, para dar agilidade na viagem, o uso das vias automáticas no pagamento das praças de pedágio e do cartão de débito por aproximação como forma de pagamento nas cabines manuais.
Na mais movimentada estrada que corta Minas, a BR-381 (Fernão Dias), a expectativa da Arteris é de 1,2 milhão de veículos entre hoje e domingo em toda a sua extensão. Como mostrou recentemente a reportagem do Estado de Minas, o trecho mais perigoso é a Serra de Igarapé, entre o Km 516 e o 530, local da tragédia com sete mortos envolvendo ônibus que levava torcedores do Corinthians, em 20 de agosto. Ontem, o trecho passou por manutenção.
O número médio de mortes a cada um dos 15 quilômetros serranos Igarapé, Brumadinho, Rio Manso e Itatiaiuçu – na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) – é mais de 80% superior ao restante da estrada em Minas, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de 2020 a julho de 2023. Situação de pista semelhante o motorista também encontra na região serrana de Mairiporã (SP).
O outro extremo da BR-381, entre a capital mineira e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, concentra problemas como o excesso de curvas fechadas em segmentos simples e íngremes, entre João Monlevade – na Região Central – e Belo Horizonte. Em Monlevade, o trecho urbano apresenta muitos buracos e por isso os motoristas devem redobrar cuidados para não danificar os pneus e amortecedores.
Passados os buracos de João Monlevade, a situação melhora para quem segue na BR-381 para Valadares, mas se torna ainda mais crítica se o destino é o litoral capixaba, pois o motorista terá que passar pela BR-262, a pior das grandes estradas federais mineiras. Buracos e remendos que se tornam obstáculos são riscos de acidente e de danificar os veículos, sobretudo em São Domingos do Prata, no Vale do Rio Doce, Rio Casca, Abre Campo, Matipó e Manhuaçu, na Zona da Mata.
Ontem, uma batida envolvendo três caminhões, sendo que um estava sendo rebocado, e um carro de passeio deixou seis pessoas feridas no Km 430 da rodovia, na altura de Caeté, na RMBH. Duas delas foram encaminhadas para unidades de atendimento.
RIO DE JANEIRO Na BR-040, entre BH e o Rio de Janeiro, a saída da capital mineira é movimentada e tem curvas conhecidas pelos acidentes, sobretudo nas serras de Itabirito. O tráfego intenso de carretas de mineradoras em pistas duplas sem acostamento entre BH e Congonhas agrava ainda mais a situação. Neblina em pontos como Barbacena, Juiz de Fora e Petrópolis (RJ) também preocupa.
A administradora da rodovia até Juiz de Fora, na Zona da Mata, a Via 040, recomenda que os motoristas verifiquem a documentação, façam revisões antecipadas, confiram o estado do estepe e verifiquem a pressão dos pneus de acordo com a quantidade de passageiros e de bagagem. Itens de segurança como o triângulo, o macaco e a chave de roda são obrigatórios. E mais: "Não tente enfrentar a sonolência. Se estiver com sono, pare imediatamente de dirigir.”