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Estado de Minas

Catas Altas da Noruega celebra capela restaurada

O templo católico foi restaurado nos últimos dois anos, ganhando mais destaque a fachada, o altar-mor e um anjo de madeira que coroa a padroeira


11/09/2023 04:00 - atualizado 11/09/2023 05:41
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Comunidade rural de Jequitibá festejou ontem o templo centenário reaberto, com direito a reinado, missa, procissão e as tradicionais barraquinhas (foto: GIOVANE NEIVA/PASTORAL DA COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO)
Fé, emoção e alívio em Catas Altas da Noruega, na Região Central de Minas Gerais, a 132 quilômetros de Belo Horizonte. Na comunidade rural de Jequitibá, moradores celebraram, ontem, a reabertura da centenária Capela Nossa Senhora dos Remédios. Houve reinado, apresentação das guardas de congado, missa, procissão e as tradicionais barraquinhas, levando muita gente à festa que ocorre há 270 anos e é uma das mais antigas do estado.
 
O templo católico vinculado à Paróquia São Gonçalo do Amarante e distante seis quilômetros da sede do município foi restaurado nos últimos dois anos, ganhando mais destaque a fachada, o altar-mor e um anjo de madeira que coroa a padroeira. Segundo os organizadores da festividade, a capela tem origem numa ermida, de 1752, construída por frei Francisco Vieira, da Ordem dos Trinitários, em honra à Santíssima Trindade e a Nossa Senhora dos Remédios. 
 
A festa começou no dia 7 com extensa programação religiosa e cultural, e terminou ontem, com a missa celebrada pelo titular da Paróquia São Gonçalo do Amarante, padre João Luiz da Silva. “Foi uma festa bonita, e, melhor do que isso, a capela foi recuperada, pois estava bem degradada”, informou Giovane Neiva, da pastoral da comunicação da paróquia. Os recursos para a obra, que durou dois anos, são da própria paróquia (dízimo, doações e barraquinhas), com parte da prefeitura local.

HISTÓRIA A capela tombada pelo município foi consagrada em 1767 e fica no alto de um morro, onde há um cruzeiro de madeira – o local recebia muitos fiéis da região, especialmente em época de epidemias e calamidades. Em meados do século 18, o singelo templo teve como sacerdote o padre Bento de Souza Lima, político, proprietário de minas de ouro, fundador da cidade de Santa Margarida e primeiro pároco da cidade de Lamim, na Zona da Mata.
 
O construtor da capela de Jequitibá, frei Francisco Vieira de Jesus Maria, pertencia a uma secular ordem religiosa francesa, os Trinitários, criada no século 12 por São João de Mata e São Félix de Valois, ambos propagadores da devoção a Nossa Senhora dos Remédios. Homem culto e bom pregador, o frei nasceu em Piranga, também na Zona da Mata, sendo irmão de Teresa Ribeiro de Alvarenga, além de tio e educador do inconfidente Claudio Manoel da Costa. 
 
A Ordem da Santíssima Trindade ou Ordem dos Trinitários tinha o objetivo inicial de resgatar os cristãos cativos no Oriente durante as cruzadas, embora sem dispor de recursos financeiros para tanto. Conforme conta a tradição católica, “apareceu então Nossa Senhora aos seus fundadores, entregando-lhes uma bolsa cheia de dinheiro, prestando-lhes de modo o ‘remédio’ para suprir aquelas necessidades”.
 
E mais, segundo a tradição católica: “Desde então, a Virgem Maria ganhou o título de Nossa Senhora dos Remédios. Nos mais diversos locais onde os Trinitários estiveram, exerciam as funções de evangelizar, manter igrejas, cuidar dos doentes e pobres”. 


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