Os trabalhadores do setor de limpeza urbana de Contagem fizeram uma paralisação geral nesta terça-feira (12/9), depois de quatro dias de atraso no pagamento. De acordo com o diretor do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Contagem (Sindi Asseio), Luís Araújo, “são uma série de reivindicações, mas a gota d’água foi o atraso no pagamento”, diz.
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A extensão da rota que os garis percorrem também é um problema: Araújo estima que os coletores percorrem de 60 a 70 quilômetros por dia correndo atrás dos caminhões. Além disso, a questão financeira preocupa o diretor do Sindi Asseio, porque os trabalhadores têm uma co-participação no pagamento do plano de saúde e sofrem constantemente com lesões físicas por causa do trabalho. “Vivem precisando de ortopedia”, diz.
Ele afirma também que a classe não recebe o vale-alimentação quando não vai trabalhar, mesmo com atestado médico, mas que os trabalhadores contam com o dinheiro do vale para estimar as contas do mês. “Acho que a questão é social”, diz o diretor sobre a remuneração, e completa dizendo que o setor de limpeza urbana merece “um zelo maior”.
Para resolver as questões além do salário, está marcada uma reunião entre o sindicato, a Prefeitura de Contagem e a empresa contratada para realizar o serviço de limpeza no dia 20 deste mês. A reportagem do Estado de Minas procurou a prefeitura e ainda não obteve respostas.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa