Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (13/9), no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), os professores da rede particular de ensino decidiram encerrar a greve e aceitar a proposta mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG).
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Os professores também devem receber reajuste de 4,36% a partir de outubro e três parcelas de 9% a serem pagas até dezembro como forma de abono.
Muitos pais e alunos estiveram na porta do TRT-MG em manifestação de apoio à categoria. Em entrevista ao Estado de Minas, antes da audiência, a presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), Valéria Morato, disse que os professores e professoras já abriram mão de vários direitos.
“O que está na mesa agora, em jogo, são os quatro pontos que são divergentes: a manutenção da cláusula da isonomia salarial, a manutenção da cláusula do adicional por tempo de serviço e a manutenção das férias. Além do pagamento do abono, que é o retroativo a abril, que eles paguem até agora em outubro e não como tem proposto até fevereiro.”
Morato destacou que a expectativa do Sinpro-MG é que o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe-MG) entenda que o movimento de greve é legítimo e que as partes cheguem a um acordo.
A presidente do Sinpro-MG frisou que desde a última assembleia, feita nessa terça-feira (12/09), a adesão dos professores têm aumentado. “Nós tivemos a representação de 40 escolas, de segunda até hoje, várias outras escolas aderiram.” Ela calcula que aproximadamente 2 mil professores tenham aderido à greve.
Em nota, o Sinepe confirmou o fim da paralisação após as categorias acolherem a proposta da desembargadora Rosemary de Oliveira Pires Afonso, do TRT-MG. "Continuamos no firme propósito da transparência da comunicação e da qualidade de educação em Minas Gerais."