Desde 2014, Nilson Vidal, aposentado de 72 anos, se dedica a construir uma maquete que remonta a atividade ferroviária em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas, e arredores. Ele começou a trabalhar na Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA) na década de 1970 como supervisor de mecânica e por lá ficou durante 25 anos.
O amor pela profissão que herdou do pai o move a se debruçar no projeto. “Fui incentivado pelos meus amigos e familiares. Eu já colecionava miniaturas, então, tomei coragem de colocar a ideia em prática. Outro fator que colaborou foi o lado financeiro – antes era mais difícil”, conta Vidal, que lembra do trabalho que desempenhou por um quarto de século. “Como supervisor mecânico, eu precisava estar sempre atento à manutenção, pois dali dependia a segurança da locomotiva”, explica.
Leia Mais
BR-381 terá mais radares em 2024; saiba quantos em MinasEscola de BH é finalista em prêmio que elege melhores instituições no mundoSe tem um 'trem bão' que o mineiro gosta é andar de trem Conheça a mineira que viaja pelo país sobre duas rodasAtropelamentos deixam duas pessoas feridas em BH na manhã de quinta (14)Homem suspeito de estuprar neta de 5 anos e enteada é preso em Santa LuziaA maquete fica na cobertura da casa do ex-ferroviário, tem formato em L e 5,20 metros de largura em cada lado. A construção foi feita na escala de 1:87.
- Leia também: Trem Rio-Minas deve começar a circular em dezembro
Vidal é responsável por cada detalhe do cenário da miniatura, que é feita, segundo ele, com materiais diversos, como isopor, PVC, serragem e espumas trituradas. As locomotivas e os trilhos são comprados, porém personalizados com as características dos trens mineiros.
O destaque do trabalho do ferroviário é a estação de Conselheiro Lafaiete, local das melhores lembranças dele, inaugurada oficialmente em 1884, com a linha que ligava a cidade a Carandaí, a cerca de 40km de distância, no Campo das Vertentes.
Além da maquete do terminal de Lafaiete, há uma reprodução da fábrica de Cimentos Tupi localizada em Carandaí, e os vagões que carregam minério de ferro – os preferidos do ajudante de Vidal, o neto Théo, de 3 anos. “São 42 vagões, e ele adora, É o primeiro lugar que ele quer olhar quando chega aqui", declara o avô, orgulhoso.
A maquete está aberta para visitação com hora marcada. Segundo o ferroviário, a noite é o melhor horário para as visitas, pois os interessados podem contemplar a iluminação das miniaturas. Quem quiser marcar um horário para conferir a maquete de Nilson Vidal pode ligar no telefone (31) 3761-4692.