Jornal Estado de Minas

CASO RAFAELA DRUMOND

Polícia conclui inquérito sobre morte de escrivã, mas omite indiciados

Depois de mais de três meses de investigações, a Polícia Civil anunciou a conclusão do inquérito sobre a morte, por suicídio, da escrivã Rafaela Drumond, ocorrida em 9 de junho deste ano. Ela foi encontrada morta dentro de casa. Antes disso, Rafaela vinha sendo submetida a uma série de assédios na delegacia de Carandaí, no Campo das Vertentes, onde era lotada.



Apesar de anunciar o fim das investigações, a Polícia Civil não divulgou quem são os indiciados no caso. "Tratou-se de uma investigação minuciosa e complexa, em que foram realizadas diversas diligências, destacando-se as oitivas de testemunhas e de envolvidos, a extração e análise dos dados do aparelho telefônico da escrivã, além da elaboração de outros laudos periciais", disse a corporação, em nota oficial.


A Polícia Civil afirma ainda que o inquérito corre sob sigilo e que somente em momento oportuno serão feitos anúncios sobre o caso.


A família de Rafaela, segundo o pai da escrivã, Aldair Drumond, ainda não tem uma posição, pois ainda não tomou conhecimento dos autos. “Temos um novo advogado, criminalista, Hugo Viol, que vai se inteirar da situação e vai nos passar as informações. Estamos esperando”, declarou Drumond.


A família acusa o delegado Itamar Cláudio Neto e o investigador Celso Trindade de serem os responsáveis pelos assédios a Rafaela. O delegado foi transferido para Conselheiro Lafaiete, na Região Central, e não fala sobre o caso.


Os advogados do investigador admitiram, recentemente, que o vídeo feito pela escrivã, em que é xingada pelo telefone, seria em um contato feito com Celso Trindade. Ele está afastado por licença médica.