
Mais de 700 mil vítimas procuram reparação na Justiça após o rompimento da barragem. Durante a viagem, que deve durar até domingo (16/9), os indígenas e quilombolas serão recebidos para reuniões com senadores, ministros e ONGs, além do Sindicato de Mineração e Energia do país. A ideia é atualizar as entidades sobre o andamento da ação coletiva e pedir solidariedade pelo impacto que a tragédia provocou nas comunidades indígenas de Minas Gerais e Espírito Santo.
“No Brasil tentam calar a nossa voz, mas estamos do outro lado do mundo buscando conscientização e pedindo por Justiça. As empresas não podem usar nossos recursos e depois descartar. A terra faz parte de nós e vamos resistir!”, ressalta Marcelo Krenak, líder do povo Krenak.
Entenda o processo
A empresa anglo-australiana BHP é ré no processo movido pelo escritório Pogust Goodhead na Inglaterra a favor de cerca de 700 mil brasileiros atingidos pelo colapso da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 2015. A mineradora brasileira Vale também se tornou ré da ação em agosto desde ano. As indenizações já chegam a US$ 44 bilhões – cerca de R$ 230 bilhões (somados os juros acumulados em mais de sete anos).
O que diz a BHP
"A BHP refuta integralmente os pedidos formulados na ação ajuizada no Reino Unido e continuará com sua defesa no processo, que é desnecessário por duplicar questões já cobertas pelo trabalho contínuo da Fundação Renova, sob a supervisão dos tribunais brasileiros, e objeto de processos judiciais em curso no Brasil.