Jornal Estado de Minas

RUA DA BAHIA

Audiência sobre ocupação em prédio do Senac termina sem acordo

A audiência de conciliação entre representantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio) terminou sem acordo. A reunião teve início na manhã desta sexta-feira (15/9) e foi convocada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).





O imóvel, que está ocupado pelo MLB há mais de um mês, fica em um antigo prédio do Senac, localizado na Rua da Bahia, no Centro de Belo Horizonte. O edifício estaria abandonado há quase dez anos. Segundo Poliana Souza, que integra a Coordenação Nacional do MLB, o encontro entre as partes foi positivo e o movimento apresentou duas propostas para serem negociadas.

"A principal proposta é para que aquele prédio seja destinado para a construção das moradias. Teria uma compra antecipada do imóvel e a melhoria para a garantia das moradias habitacionais", afirmou.

Para essa proposta, Poliana contou que os recursos viriam do Programa Minha Casa Minha Vida Entidades, por meio do governo federal. Uma segunda proposição seria uma possível permuta com outros imóveis.





"O Senac ficou de avaliar esses dois cenários. Se eles têm essa intenção de trabalhar junto para que aquele prédio seja destinado à moradia, nesses dois sentidos", completou Poliana.
A representante do MLB ainda relatou que ficou acordada uma nova rodada de negociações entre as entidades no prazo de aproximadamente 15 dias. Atualmente, a ocupação, de acordo com Poliana, consiste em 70 famílias que estão morando no prédio da Rua da Bahia, porque esse é o número máximo que o edifício comporta. 

O que diz o Senac

Por meio de nota, o Senac informou que esteve presentes na audiência solicitada pelo TJMG e que as propostas apresentadas pelo movimento de ocupação "serão analisadas, reforçando a postura conciliadora do Senac durante todo o processo, mas sempre norteado pela sua obrigação legal de preservação de seu patrimônio educacional".

*Estagiário sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa