Jornal Estado de Minas

MORTE E INCÊNDIO FLORESTAL

Traficantes põem fogo em corpo e incendeiam Serra do Rola-Moça

Seis homens são suspeitos de assassinar um jovem e, ao tentar impedir a identificação do corpo, o jogaram na mata do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, atearam fogo e causaram um incêndio florestal.

A ação dos criminosos ocorreu por volta das 22h desta sexta-feira (15/09). Pessoas que estavam em mirantes fotografando a vista noturna viram os criminosos em dois veículos, um carro vermelho e um Volkswagen Gol escuro, deixando o corpo, ateando fogo e fugindo.



A Polícia Militar (PMMG) e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais foram chamados. "Foi avistado um corpo quase completamente carbonizado no meio das chamas e por isso foi necessário aguardar a ação dos bombeiros", informou a assessoria de imprensa da PMMG.

Em meio ao atendimento, um homem de identidade não revelada chegou ao local e disse para a PMMG que seu irmão estava desaparecido. Essa pessoa identificou o corpo como sendo do irmão de 19 anos, usuário de entorpecentes, morador de uma comunidade de Contagem, na Grande BH e tinha sumido.
Após o relato das testemunhas e a averiguação de câmeras da unidade de conservação, os policiais chegaram ao proprietário de um dos veículos. O homem de 24 anos não soube dizer onde estava e afirmou ter emprestado o carro para um conhecido, sem ter dito onde este morava e nem seu nome completo, sendo então detido e levado para a delegacia.



Uma testemunha disse que a mulher da vítima não vivia mais com ela e que antes de ter morrido o jovem se comunicou com a filha. Mas que disparos foram ouvidos no bairro de Contagem na noite de sábado, próximo a um trailer de lanches, supostamente onde a vítima foi assassinada.

A mulher do jovem morto foi encontrada e disse não viver mais com ele, pois teriam brigado. Segundo relatos à PMMG, ele vinha sendo ameaçado por traficantes de Contagem por perder uma arma de fogo que pertenceria à gangue. A dívida dele seria de R$ 14 mil.

No meio da madrugada o fogo acabou debelado pelo CBMMG. O corpo tinha três marcas de disparos de arma de fogo e provavelmente a morte ocorreu quando a vítima tentou correr, segundo informações da perícia técnica da PMMG.