Jornal Estado de Minas

PRISÃO

Operação prende um dos criminosos mais procurados do Brasil


Operação conjunta entre a Polícia Federal em Ipatinga e o Grupo de Capturas da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), de Governador Valadares, prendeu um dos criminosos mais procurados do Brasil que vivia em São Paulo sob identidade falsa. Gilcimar da Silva, de 43 anos, também conhecido como Cascão, Castor e Tiririca, figurava como um dos principais alvos das forças de segurança na lista de foragidos mais buscados de Minas Gerais recentemente divulgada pelo governo do estado.



Acusado de diversos crimes graves, incluindo homicídio qualificado, porte de arma de uso restrito, roubo com emprego de arma de fogo, restrição de liberdade das vítimas em assaltos a bancos, associação criminosa armada e tráfico de drogas, a pena total passa de 73 anos de prisão.

O condenado capturado é conhecido por ter liderado dezenas de assaltos a agências bancárias em todo o Brasil, tornando-se um dos bandidos mais procurados do país. Ele foi alvo de investigações de vários departamentos especializados de diferentes forças policiais e protagonizou três fugas de penitenciárias, inclusive sendo resgatado de uma escolta policial por um grupo armado.

Sua última fuga ocorreu em dezembro de 2018, no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, viabilizada por seu envolvimento com uma associação criminosa conhecida nacionalmente.

Segundo a PF, há vários registros de escândalos de corrupção envolvendo servidores e presos faccionados, além de relatos de outras duas fugas do sistema prisional, da Penitenciária Dutra Ladeira e novamente da Nelson Hungria, anteriores ao ano de 2013.



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Existe ainda outro registro de fuga que ocorreu mediante um esquema de fraude, quando ele alegou ter parentes no Piauí e solicitou transferência para cumprimento de pena naquele estado. Esse procedimento foi autorizado e, durante o trajeto, foi libertado. Embora a alegação tenha sido de resgate por criminosos, as investigações subsequentes revelaram que houve suborno para permitir a fuga.

O criminoso possui vários mandados de prisão preventiva em aberto, sendo ao menos 31 registrados, incluindo aqueles já cumpridos e expirados. Uma de suas prisões anteriores ocorreu em um condomínio de luxo, onde foram apreendidos três fuzis M-16, uma escopeta, dinheiro e cinco celulares. Também foi confirmado que ele utilizava, pelo menos, duas identidades falsas, vivendo normalmente sob uma delas com um CPF criado para esse fim.

Em publicação oficial, a PF divulgou que "a prisão dele representa uma importante vitória no combate ao crime organizado no Brasil, e as autoridades estão trabalhando para garantir que seja levado à Justiça para responder por seus crimes e enfrentar as penas correspondentes."