s portas da Colégio Sant'Anna, no Barreiro, em Belo Horizonte, estão fechadas desde a última sexta-feira (15/9). O diretor do colégio, que também é o dono, está desaparecido e incomunicável há quase um mês.
Os alunos não completarão o ano letivo e os professores e funcionários, até o momento, ficarão sem receber pagamentos. Ao Estado de Minas, duas professoras, que preferiram não ter a identidade revelada e que trabalhavam há cinco anos na instituição de ensino, expressaram surpresa com a decisão repentina.
"Um choque. A escola já vinha sofrendo há algum tempo, mas não a esse ponto. A gente foi pego de surpresa mesmo", disse uma delas.
Segundo foi relatado pelas duas professoras, os salários vinham sempre com atraso, o que teve início em dezembro do ano passado. Uma outra docente relatou à reportagem que o objetivo dos professores, mesmo com as dificuldades enfrentadas, era completar o ano com as atividades escolares.
"Para nós, a gente ia conseguir levar a escola até o fim do ano, com tudo certinho, em respeito aos pais e aos alunos, que a gente estava tentando trabalhar, até mesmo, sem o salário", relatou.
Incertezas e pendências
Conforme publicado pelo Estado de Minas, 22 pais e funcionários registraram um Boletim de Ocorrência na Polícia Militar (PMMG) após receber o informe de que a escola estava com os portões fechados.
A reportagem tentou contato com o Sindicato dos Professores de Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinpro-MG) para saber de um encontro entre os professores do Colégio Sant'Anna e o sindicato, mas não obteve retorno.
A escola abandonada, que utilizava o material e o método do Colégio Bernoulli, é acusada por não cumprimento de obrigações ao adotar o sistema de ensino. O caso será investigado pela Polícia Civil.
*Estagiário sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa