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Estado de Minas BH

Colégio Sant'Anna improvisa berçário no Barreiro

A escola foi fechada na última sexta-feira, e o diretor desapareceu, para a surpresa de pais e funcionários


19/09/2023 16:48 - atualizado 19/09/2023 17:50
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fachada da escola
Antes do anúncio, a coordenadora da escola teria sido removida da comunidade no WhatsApp (foto: Reprodução/ Google Street View)
O berçário do Colégio Sant'Anna está funcionando de maneira improvisada em um conjunto habitacional do bairro Solar, no Barreiro. Em áudio encaminhado aos pais, nessa segunda-feira (18/9), a monitora das crianças dá detalhes do local. 

Segundo professoras que não quiseram se identificar, o áudio foi enviado pela filha do diretor da escola, de 20 anos. Ela cuida do berçário da instituição e tem um grupo com os responsáveis pelas crianças. Antes do anúncio, a coordenadora da escola teria sido removida da comunidade no WhatsApp. 

"Ela fazia parte do grupo berçário e a removeram. Comentamos sobre o áudio e ela ficou indignada", conta uma das professoras. 

A escola foi fechada na última sexta-feira, deixando alunos sem aulas, professores e funcionários sem salários. O diretor desapareceu e não atende ligações nem da filha, conforme ela relatou à Polícia Militar. 
 
A mulher também contou aos policiais que trabalhava como monitora do berçário e que não tem nenhuma relação com as atividades administrativas e financeiras da escola.

A Secretaria Municipal de Educação de BH informou que ainda não foi notificada sobre o encerramento das atividades da escola ou emitiu autorização de funcionamento de berçário no endereço citado na mensagem.

O Estado de Minas tentou contato com a coordenadora do período integral e berçário da escola, mas não teve retorno. 

Entenda

Os pais e trabalhadores chegaram à instituição na sexta-feira e a encontraram fechada. São cerca de 10 professores e 300 famílias com alunos no local.

A polícia foi acionada e só encontrou uma secretária na instituição, e a filha do diretor — que também é o proprietário da escola. 

Os pais e funcionários estavam surpresos com o encerramento das atividades do colégio. Muitos deles apresentaram os boletos de mensalidades e outros até a quitação anual do contrato com a escola.

Segundo informações do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), o colégio vinha atrasando os salários dos profissionais, que ganhavam perto do salário mínimo da categoria. Metade era paga por mês e no mês seguinte o restante era quitado, quando os profissionais já deveriam receber pelo novo mês trabalhado.


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