Jornal Estado de Minas

COLÉGIO SAN'T ANNA

Polícia Civil vai ouvir professores de escola fechada em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) vai ouvir os profissionais que trabalhavam no Colégio San't Anna, fechado na última sexta-feira (15/9), no Barreiro, em Belo Horizonte. Os depoimentos começam na próxima semana. 





O caso está sendo investigado como possível crime de estelionato. Pais de alunos e funcionários fizeram uma ocorrência na Polícia Militar depois que encontraram os portões da escola fechados. Apenas uma secretária e a filha do dono, que é monitora do berçário, estavam no local. O diretor, que também é o dono da instituição, está desaparecido há um mês. 

Uma fonte confirmou ao Estado de Minas que as professoras da escola prestarão depoimento na Polícia Civil. Os pais já foram ouvidos na tarde dessa terça-feira (19/9), na 2ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro. 
Embora as investigações já estejam em andamento, a PCMG esclarece que o crime de estelionato é de ação penal pública condicionada à representação. Por isso, outros pais e funcionários lesados pela situação do colégio podem procurar a delegacia mais próxima para registrar um boletim de ocorrência.




Entenda

A escola está fechada desde sexta (15/9), deixando alunos e professores desamparados. Segundo o B.O, pais e funcionários estavam surpresos com o encerramento das atividades do colégio. Muitos deles apresentaram os boletos de mensalidades e outros até a quitação anual do contrato com a escola.

 

Apesar disso, os responsáveis pelos alunos alegaram que o ritmo financeiro da escola evidenciava que o calote era questão de tempo. “Cada hora a gente pagava a mensalidade para uma empresa de CNPJ diferente. Comprava livros, pagava para o dono e simplesmente não recebia o material”, disse o pai de um aluno em entrevista ao Estado de Minas no domingo (17/9).

 

Segundo foi relatado por duas professoras, os salários estavam sendo pagos com atraso desde dezembro do ano passado. Outra docente relatou à reportagem que o objetivo dos professores, mesmo com as dificuldades enfrentadas, era completar o ano com as atividades escolares.





 

Já a filha do diretor informou aos policiais que trabalhava como monitora do berçário e não tem nenhuma relação com as atividades administrativas e financeiras da escola. Ela mesma diz não ter tido contato com o pai há mais de um mês e desconhecer o seu paradeiro.

 

Na segunda (18/9), ela enviou uma mensagem no grupo de pais do berçário, informando sobre o funcionamento improvisado da unidade em um conjunto habitacional do bairro Solar, no Barreiro.

 

A Secretaria Municipal de Educação de BH informou que ainda não foi notificada sobre o encerramento das atividades da escola ou emitiu autorização de funcionamento de berçário no endereço citado na mensagem.