O Palacete Dantas, componente do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, será restaurado e abrirá suas portas à população dentro de um ano.
Um Protocolo de Intenções sobre o Projeto de Conservação e Restauro foi assinado nesta quarta-feira (20/9) entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o governo de Minas, o município de Belo Horizonte e o Centro Mineiro de Alianças Setoriais (CeMais). O espaço vai receber, principalmente, exposições de artistas pobres da periferia.
Um Protocolo de Intenções sobre o Projeto de Conservação e Restauro foi assinado nesta quarta-feira (20/9) entre o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o governo de Minas, o município de Belo Horizonte e o Centro Mineiro de Alianças Setoriais (CeMais). O espaço vai receber, principalmente, exposições de artistas pobres da periferia.
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O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, completa dizendo que o imóvel apresenta rachaduras e uma das salas já passou por um incêndio. Além disso, detalhes em madeira, o telhado, pinturas e murais devem passar por restauração. “Acredito que, como palacete privado, ele (Palacete Dantas) é o mais singular da cidade de Belo Horizonte”, destaca Leônidas.
Reduto da aristocracia
O imóvel, exemplar das primeiras residências privadas nobres da capital, foi projetado em 1915 pelo arquiteto italiano Luiz Olivieri – o ano seguinte (1916) está gravado no portão de ferro. Lá, morou o engenheiro José Dantas e já foi sede da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. Sua fachada é toda ornamentada em estilo eclético.
O desenho do Palacete dialoga com o traçado da Avenida Cristóvão Colombo. A fachada que se alinha com a via e circunda a praça, na esquerda, leva ao avarandado do acesso principal. A fachada direita conduz ao terreno e chega até o jardim, acompanhando o declive da avenida.
No livro “Casa Nobre – Significado dos modos de morar nas primeiras décadas de Belo Horizonte”, organizado por Celina Borges Lemos e Karla Bilharinho Guerra, há explicação para o tipo de construção.
“A terminologia palacete vincula-se à ideia de valorização da família e suas gerações integradas à nobre aristocracia urbana, que se traduz na arquitetura de habitação luxuosa e ampla. Construída por seu proprietário, o engenheiro José Dantas, tem valor simbólico agregado, devido à proximidade do Palácio da Liberdade”, diz trecho da obra.
O prédio foi tombado pelo Iepha-MG do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade em 1977. Em 1994, foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte como parte do Conjunto Urbano da Praça da Liberdade e Adjacências.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa