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Estado de Minas DESVIO DE DINHEIRO

Hospital em MG é investigado por suspeita de desvio de dinheiro público

Operação Ressonância II foi deflagrada hoje pelo Ministério Público de Minas Gerais. Hospital é conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS)


21/09/2023 11:28 - atualizado 21/09/2023 13:35
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Hospital São João Batista, em Viçosa, é alvo de operação
Hospital São João Batista, em Viçosa, é alvo de operação (foto: Divulgação/MPMG)
Na manhã desta quinta-feira (21/9), o Ministério Público de Minas Gerais deflagrou a Operação Ressonância II, que apura desvio de dinheiro público do Hospital São João Batista, em Viçosa, na Zona da Mata Mineira. 
 
O Hospital é uma entidade sem fins lucrativos, mas por ser conveniada ao Sistema Único de Saúde, recebe dinheiro público de acordo com os atendimentos e serviços prestados à população. 
 
Segundo o promotor Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco Zona da Mata, “há indícios da participação de funcionários e ex-funcionários do hospital, na prática dos desvios investigados, inclusive com a manipulação do sistema de controle financeiro e contábil da fundação”.
Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nos setores contábeis do hospital. O MP informou que novos detalhes serão repassados ao longo do dia. 

Hospital São João Batista já foi alvo de Operação

 
Em 2019, o Ministério Público de Minas deflagrou uma operação no Hospital São João Batista, também após receber denúncias de desvio de dinheiro público. Na ocasião, uma servidora da instituição foi denunciada por cometer 114 crimes de peculato e ter desviado R$ 729.365,10. 

Santa Casa de Juiz de Fora na mira do MP 

Outro importante hospital da Zona da Mata Mineira também está sendo alvo de investigação do Ministério Público: a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Segundo o MP, há indícios de irregularidades em contratos firmados pela instituição. 
 
Conforme denúncia, as empresas de arquitetura, cujos sócios eram a filha e o genro do presidente do Conselho de Administração da Santa Casa, foram constituídas perante a Receita Federal em julho de 2012 e agosto de 2014, respectivamente.
 
A instituição de saúde teria firmado contratos com as empresas de arquitetura desde 2012, que seriam direcionados a "suporte de eventuais projetos" e "acompanhamento das obras já finalizadas", o que, para o MP, não se justifica.
 
Está apurado que as empresas não tinham experiência ou formação em arquitetura hospitalar na hora da contratação. Mais que isso, entre 2012 e 2013, a sede das companhias constavam como no mesmo endereço de moradia de Renato Loures.
 
Depois da primeira contratação, outras foram se somando para atender aos mesmos objetivos ilícitos de favorecimentos pelo primeiro denunciado (presidente) a sua filha e genro, segunda e terceiro acusados, possibilitando apropriação indevida de recursos públicos do hospital.
 
Os desvios dos recursos públicos e privados da Santa Casa de JF, vindos dessas contratações indevidas, chegam no valor próximo de R$ 7 milhões.


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