Jornal Estado de Minas

TRISTEZA

Morre idoso que teve boca infestada de larvas

O idoso de 69 anos que teve a boca infestada por larvas morreu, nesta sexta-feira (22/9), em Lagoa da Prata, no Centro-Oeste de Minas. Milton José da Silva vivia em uma Instituição de Longa Permanência.

Milton morava há cinco anos no Lar São Vicente de Paula. No dia 6 de setembro ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pela equipe da entidade após uma consulta odontológica. As larvas foram detectadas pelos próprios profissionais.





A equipe, então, fez contato com familiares informando sobre o agravamento. Entretanto, eles souberam da condição do idoso, apenas quando chegaram na unidade hospitalar.

O idoso tinha mal de Parkinson e Alzheimer. Ele também fazia uso de sonda. A suspeita é de que as larvas tenham surgido devido à má higienização.
 
Ele estava internado no Hospital São Carlos de Lagoa Prata. A reportagem fez contato com a unidade para confirmar a causa da morte, porém não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Um boletim de ocorrência, segundo a Polícia Militar (PM), foi registrado, no dia 6 de setembro, pela família por maus-tratos. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou inquérito para investigar o caso.




Nota

Em contato com a instituição, nesta sexta-feira, foi informado que a causa da morte do idoso não está relacionada com as larvas. Porém, não foram repassado detalhes.
 
Na época da internação, o Lar São Vicente de Paula - entidade filantrópica e sem fins lucrativos – emitiu nota em que afirmou que assistiu “com carinho, zelo, responsabilidade e profissionalismo cerca de mais de mil pessoas nos últimos 70 anos”. Tratou como “surpresa” o fato ocorrido com o idoso e disse que todos os cuidados diários de higiene e assepsia eram realizados.
 
“Infelizmente e com muita tristeza, informamos à sociedade local e aos órgãos de imprensa, que apesar de todos os cuidados diários que temos, no decorrer desta semana, nossa equipe detectou, surpresa, a presença de parasitas “miíase” em um de nossos residentes, (paciente grau III, que faz uso de sonda nasoenterica), apesar de todos os cuidados diários de higiene e assepsia a que foi/é submetido”, afirmou.
 
*Amanda Quintiliano especial para o EM