A Universidade Federal de Itajubá (Unifei) inaugurou o Centro de Hidrogênio Verde (CH2V), que será um espaço para o desenvolvimento de pesquisas e projetos sobre aquela que é apontada como a "energia do futuro" por causar poucos impactos ambientais.
O Centro inaugurado na Unifei custou R$ 25 milhões e é uma parceria da Universidade com o governo da Alemanha. “A parceria com o Brasil possui mais de 60 anos e, atualmente, os dois países enfrentam os desafios ambientais globais por meio de ações para a preservação da biodiversidade e o combate às mudanças climáticas com o propósito de reduzir as emissões de gás carbônico”, explicou o Marcos Oliveira, um dos coordenadores do projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.
A inauguração contou com a presença do ministro Alexandre Silveira (PSD-MG), que destacou a importância do Centro para todo o país. “É compromisso do governo do presidente Lula valorizar a inteligência e a capacidade de inovação dos brasileiros e brasileiras, principalmente dos nossos jovens. A inauguração deste importante Centro de Hidrogênio Verde é exemplo nacional na implementação de plantas de produção de hidrogênio de baixo carbono”, destacou o ministro.
Segundo a Unifei, o Centro de Hidrogênio Verde irá “agregar várias frentes de pesquisas que incluem a análise do uso de hidrogênio verde em processos industriais, na geração de energia elétrica e na busca por alternativas sustentáveis para a mobilidade urbana”.
O CH2V será alimentado totalmente de energia renovável, “produzida a partir de painéis fotovoltaicos, e vai abrigar laboratórios que serão utilizados por instituições e empresas interessadas em desenvolver pesquisas e aplicações consumindo o hidrogênio”, informou a Universidade.
Ainda de acordo com a Unifei, o hidrogênio verde é considerado a energia do futuro por ser considerada uma fonte renovável e com pouco impacto no meio ambiente, o que é importante neste momento de transição energética.
“O hidrogênio verde (H2V) – produzido a partir de fontes renováveis – tem se destacado como peça-chave na descarbonização da indústria, sobretudo em setores difíceis de abater. O H2V pode servir como combustível para diversas formas de transporte, a exemplo de veículos terrestres ou marítimos e aeronaves”, destacou a Universidade.
Belo Horizonte terá fábrica de hidrogênio verde
Em março deste ano, a prefeitura de Belo Horizonte confirmou a construção de uma fábrica de hidrogênio verde na capital. O prefeito, Fuad Noman (PSD), participou do lançamento da pedra fundamental da fábrica. "Enquanto prefeito, nossa cidade será protagonista nesta agenda tão importante para o mundo", disse.
O empreendimento está sendo tocado pela companhia alemã Neuman & Esser. A fábrica vai funcionar no Bairro Olhos d'Água, na Região Oeste de Belo Horizonte.
A usina de hidrogênio verde é fruto de aporte aproximado de R$ 70 milhões. A construção vai gerar 75 empregos diretos, além de 200 postos indiretos de trabalho. Esse tipo de hidrogênio é obtido a partir de um processo que conta com baixos índices de carbono. Em alguns casos, o carbono zero é a marca da produção.