De acordo com dados da Prefeitura de Belo Horizonte, baseados no censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), com 2,284 quilômetros quadrados de extensão, o Bairro Sagrada Família, na Região Leste de Belo Horizonte, é o mais populoso da capital mineira. Na época do último levantamento feito, a população de um dos bairros mais antigos de Belo Horizonte era de 34.395 pessoas, distribuídas em 12.216 domicílios. Em segundo lugar vem o Buritis, bairro da Região Oeste, com 29.374 pessoas, seguido do Lindeia, na Região do Barreiro, que contabilizava 25.231 moradores.
A origem do Sagrada Família está ligada à industrialização de Belo Horizonte. Ocupado inicialmente por operários das indústrias que chegavam à cidade, o início do povoamento do bairro ocorreu ainda na primeira metade do século 20, quando o então prefeito Otacílio Negrão de Lima transformou uma fazenda que havia no local em loteamento. De acordo com relatos de moradores da região, o nome de algumas ruas como João Gualberto Filho, Stela de Souza, Genoveva de Souza e outros foram dados em homenagem aos familiares de João Gualberto, um dos primeiros habitantes do bairro. Em 1913, quando o local começou a ser povoado por famílias de operários, foi a fazendeira Maria Brasilina, mulher de João Gualberto, que sugeriu o nome Sagrada Família.
O bairro se consagrou como um dos mais tradicionais de BH, sendo o primeiro a se desenvolver além dos limites da Avenida do Contorno. Atualmente, margeado por grandes vias, como as avenidas Cristiano Machado, José Cândido da Silveira e Silviano Brandão, o Sagrada Família faz divisa com os bairros Horto, Floresta, Instituto Agronômico, Santa Tereza, Cidade Nova e Bairro da Graça.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice