Três estudantes e um professor do Colégio Objetivo de Frutal, no Triângulo Mineiro, conquistaram o primeiro lugar da Jornada Brasileira de Foguetes 2023, no fim do mês passado, em Barra do Piraí (RJ).
Anna Luísa Sousa Borges, Isabel Faria Silva Bernardes e Victor Hugo Carnelossi Moro, alunos da 2ª série do ensino médio, e o orientador e professor de Física, Pedro Paulo Carboni, venceram outras 76 equipes. Para conquistar o feito, eles construíram um foguete, a partir de uma garrafa pet de plástico reciclável de dois litros.
Durante o lançamento na competição, o objeto alcançou 243,5 metros.
O professor Carboni explica que tudo começou em maio deste ano, em Frutal, com a confecção de foguetes de garrafa pet com propulsão de vinagre e bicarbonato de sódio para participar da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), organizada para OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica).
“Então, nossa equipe conseguiu ser classificada para a Jornada Brasileira de Foguetes 2023, que aconteceu entre os dias 18 a 21 de setembro. Na competição de nível nacional, lançamos nosso foguete que alcançou quase 245 metros, conquistando a medalha de ouro e o troféu de vencedor”, comemorou.
Técnicas usadas
Carboni explicou que, inicialmente, os alunos construíram o corpo do foguete com uma garrafa pet retornável.
Em seguida, o professor conta como foi possível o objeto chegar a 243,5 metros de altura. “Uma combinação do vinagre com o bicarbonato de sódio produz ácido carbônico, sendo que esse ácido se transforma imediatamente em dióxido de carbono, mais conhecido como gás carbônico. Esse gás vai acumulando dentro da garrafa, pressurizando seu interior. Quando a garrafa é lançada, a pressão expulsa o líquido dentro da garrafa com força que gera uma força de reação na garrafa, para frente, imprimindo uma aceleração nela, fazendo-a alcançar tal distância”.
Brincadeira que se transformou em muito trabalho
Segundo a estudante Isabel Bernardes, a conquista começou na escola com uma brincadeira, mas que depois se transformou em um projeto mais sério. “O processo de se chegar ao foguete ideal foi muito cansativo e quando chegamos na etapa final vimos que todos os participantes estavam por um mesmo propósito em vencer; e a gente foi campeão nacional”, comemora.
Para Anna Luísa Borges, além de vencer a competição, foi incrível conhecer pessoas de todo o Brasil. “Uma galera com a mesma energia que você, de querer ganhar. A gente não imaginava que tudo isso iria acontecer. E o que me deixou mais feliz foi ter trabalhado tanto e ter conquistado o prêmio para a nossa escola”, disse.
O outro integrante do grupo campeão, Victor Hugo Moro, considerou a experiência inesquecível e marcante. Assim como Isabel, ele comentou que a primeira etapa foi mais em um tom de brincadeira. “Mas quando passamos para a segunda etapa, começamos a trabalhar duro. Fizemos vários protótipos de foguetes e diversos lançamentos e bases para a gente conseguir uma metragem que realmente fosse boa. E quando ficamos sabendo que fomos campeões, foi uma sensação muito boa que não tem nem como explicar. É uma sensação incrível descobrir que todo nosso esforço valeu a pena”, ressaltou.