Com balões e faixas, os moradores bloquearam uma das ruas do bairro, impedindo a viagem dos coletivos.
A manifestação acontece após dois acidentes com ônibus da mesma linha na região. No dia 20 de setembro, oito pessoas ficaram feridas após o coletivo, da linha 815, que descia a rua Júlio Cesar, perder o freio e atingir uma árvore. Todas as vítimas estavam dentro do veículo no momento da batida.
Já na manhã dessa terça-feira (3), mais um coletivo da mesma linha perdeu o controle e bateu contra o muro de uma casa. O motorista do coletivo perdeu o controle da direção quando descia a Rua das Almas.
O dono do imóvel, Fernando do Carmo, estava dentro da residência na hora do acidente. “Graças a Deus não feriu ninguém. O muro da frente da minha casa está todo no chão”.
Uma mulher, de 50 anos, teve ferimentos leves e recusou atendimento médico.
Nota do Setra-BH
"O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) informa que a associada responsável pela operação da linha 815 está à disposição da comunidade e de seus porta-vozes para dialogar sobre as necessidades e reivindicações para melhorias no atendimento, mas pontua que algumas destas reivindicações precisam ser direcionadas ao Poder Público.
A empresa esclarece que, em relação aos atrasos e lotação, a principal causa do problema são os constantes congestionamentos no Anel Rodoviário que acabam retendo os ônibus e ocasionando atraso e lotação em algumas viagens.
Para resolver este problema, a empresa fez uma solicitação de estudo de desvio no local, junto ao Poder Público, mas não foi atendida e nem recebeu uma solução alternativa. Outro problema apontado pela empresa e ainda sem uma solução junto ao Poder Público, trata da necessidade de alteração do itinerário de algumas linhas que passam por ruas muito íngremes e de mão dupla dentro dos bairros.
A empresa ressalta que, sem uma autorização do Poder Público, ela não pode alterar seus itinerários, realizando desvios em determinados locais, para atender as reivindicações da população. A operação sem autorização é considerada irregular sendo passível de multa entre outras penalidades.
O Sistema de Transporte Público de Passageiros de Belo Horizonte é regulamentado e fiscalizado pelo Poder Público. A solução de determinados problemas não depende somente das empresas operadoras, mas também da ação do Poder Público. Desde o início do ano, a empresa pediu a anuência, aprovação para poder prestar melhores serviços e efetuar investimentos na compra de novos ônibus, mas até o momento não obteve resposta."