Jornal Estado de Minas

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Loteria Mineira abre consulta pública para elaboração de edital


A Loteria do Estado de Minas Gerais (Lemg) vai promover uma consulta pública na próxima terça-feira (10/10), na sede da instituição, que fica na sala 6 do 13º andar do prédio Gerais, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.





A consulta pública ocorre antes do lançamento da licitação para concessão da exploração e operação de jogos virtuais da loteria do sistema on-line/real time. Por se tratar de uma licitação do tipo Concorrência Pública Internacional, empresas nacionais e internacionais interessadas em participar do processo podem comparecer ao evento.

Segundo o diretor de operações da Loteria Mineira, Antônio Celso Pereira, o atual contrato de concessão foi estendido até maio de 2025, por conta da pandemia. Nessa época, por causa do isolamento social, os pontos de venda dos jogos da Loteria Mineira não estavam abertos.

"A pandemia afetou profundamente todos os negócios, inclusive, o nosso negócio da loteria. As coisas foram reabrindo, veio a vacina e aí os mercados foram reabrindo. Porém, a gente teve um prejuízo muito grande durante oito meses. Foi feito um acordo e os contratos foram avaliados para merecer um reequilíbrio financeiro", relatou.



Tendo em vista esse processo de licitação posterior, o diretor contou à reportagem que o objetivo dessa consulta pública é receber algumas sugestões e propostas dessas empresas que já tem conhecimento nas operações de loteria para definir uma proposta de licitação que interesse ambas as partes.

Sobre a polêmica recente relacionada ao ramo de apostas esportivas, Antônio ressaltou que esse ramo já é explorado no atual contrato, no Portal LotoMinas. No entanto, para a próxima concessionária, a exploração do ramo de apostas esportivas não vai ser junto dos jogos convencionais da Loteria Mineira, como o Keno Minas.

"Nós decidimos que vamos tirar do portal essa aba de apostas esportivas. Vamos separar. Porque hoje, o governo federal está oferecendo uma autorização válida para o território nacional, e nós só podemos operar dentro de Minas Gerais", explicou.Por fim, o diretor de operações destacou que há uma cadeia de valor gerada pela Loteria Mineira tem que ser levado em conta no processo de concorrência da licitação. Isso envolve a distribuição dos prêmios, a manutenção de pessoas e dos pontos de venda espalhados em Minas Gerais e a parte de divulgação.

"Para a exploração das loterias tradicionais, de papel, nós conseguimos um contrato de 20 anos em que o operador assumiu um compromisso de pagar, ao longo desse período, no mínimo R$ 500 milhões de receita. Para os jogos digitais, o custo de operação e da manutenção é diferente das loterias tradicionais", finalizou.