A Loteria do Estado de Minas Gerais (Lemg) vai promover uma consulta pública na próxima terça-feira (10/10), na sede da instituição, que fica na sala 6 do 13º andar do prédio Gerais, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
A consulta pública ocorre antes do lançamento da licitação para concessão da exploração e operação de jogos virtuais da loteria do sistema on-line/real time. Por se tratar de uma licitação do tipo Concorrência Pública Internacional, empresas nacionais e internacionais interessadas em participar do processo podem comparecer ao evento.
"A pandemia afetou profundamente todos os negócios, inclusive, o nosso negócio da loteria. As coisas foram reabrindo, veio a vacina e aí os mercados foram reabrindo. Porém, a gente teve um prejuízo muito grande durante oito meses. Foi feito um acordo e os contratos foram avaliados para merecer um reequilíbrio financeiro", relatou.
Tendo em vista esse processo de licitação posterior, o diretor contou à reportagem que o objetivo dessa consulta pública é receber algumas sugestões e propostas dessas empresas que já tem conhecimento nas operações de loteria para definir uma proposta de licitação que interesse ambas as partes.
Sobre a polêmica recente relacionada ao ramo de apostas esportivas, Antônio ressaltou que esse ramo já é explorado no atual contrato, no Portal LotoMinas. No entanto, para a próxima concessionária, a exploração do ramo de apostas esportivas não vai ser junto dos jogos convencionais da Loteria Mineira, como o Keno Minas.
"Nós decidimos que vamos tirar do portal essa aba de apostas esportivas. Vamos separar. Porque hoje, o governo federal está oferecendo uma autorização válida para o território nacional, e nós só podemos operar dentro de Minas Gerais", explicou.Por fim, o diretor de operações destacou que há uma cadeia de valor gerada pela Loteria Mineira tem que ser levado em conta no processo de concorrência da licitação. Isso envolve a distribuição dos prêmios, a manutenção de pessoas e dos pontos de venda espalhados em Minas Gerais e a parte de divulgação.
"Para a exploração das loterias tradicionais, de papel, nós conseguimos um contrato de 20 anos em que o operador assumiu um compromisso de pagar, ao longo desse período, no mínimo R$ 500 milhões de receita. Para os jogos digitais, o custo de operação e da manutenção é diferente das loterias tradicionais", finalizou.