Um homem de 39 anos foi preso na segunda-feira (2/10), em Betim (MG), suspeito de cometer abuso sexual contra cinco crianças e adolescentes, além de engravidar uma de suas filhas, de 12 anos.
O suspeito teria abusado sexualmente de três filhas – ele tem cinco filhos, sendo dois meninos e três meninas. As informações são da Polícia Civil de Minas Gerais.
Em 18 de setembro, a polícia descobriu que outra filha do suspeito, que tem 12 anos, estava grávida. Como o aborto em caso de estupro é permitido por lei no Brasil, a adolescente realizou o procedimento e passa bem.
A filha mais velha do suspeito, que tem 15 anos, teria começado a sofrer abusos quando tinha 5 anos. As outras vítimas seriam três meninas com idades de 10, 9 e 6 anos.
Ainda segundo a polícia, o homem teria estuprado a irmã, de 24 anos, que é cadeirante e deficiente intelectual. "Verificou-se, inclusive, que, em relação à irmã, o investigado teria utilizado uma das filhas (a que engravidou) para auxiliar no abuso, pedindo à adolescente que segurasse os braços da tia para que ele efetivasse o ato sexual", disse a delegada.
MÃE TAMBÉM SERÁ INDICIADA
Em depoimento, o homem admitiu à polícia os abusos contra as três filhas, mas negou que tenha violentado a irmã e as outras crianças. Ele vai responder pelos crimes de estupro de vulnerável e satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente.
A esposa do suspeito e mãe das crianças também será indiciada, por omissão. Conforme a polícia, a mulher já teria visto as filhas nuas na frente do pai e teria permitido contato das meninas com o suspeito após saber dos abusos e de medidas protetivas expedidas pela polícia que proibia o homem de chegar próximo das vítimas.
Como o casal não tive a identidade divulgada, a reportagem não conseguiu localizar suas defesas para pedir posicionamento.
COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos.
O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados.
O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.