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Estado de Minas NOTA DE REPÚDIO

UFSJ acusa secretário de Ouro Branco de ataques homofóbicos contra aluno

Agressões verbais teriam acontecido quando o funcionário do Executivo municipal visitava a instituição, no Campus Alto Paraopeba, durante um evento


12/10/2023 21:09 - atualizado 13/10/2023 16:17
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Fachada da Universidade Federal de São João del-Rei
Em comunicado, a assessoria da instituição de ensino repudia o que qualificou como uma 'atitude discriminatória, intolerante e homofóbica' (foto: UFSJ/Reprodução)
Um secretário municipal da Prefeitura de Ouro Branco, que não teve o nome divulgado, foi apontado pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), no Campo das Vertentes, como o responsável por atos discriminatórios contra um universitário.

Em comunicado divulgado nessa quarta-feria (11/10), a assessoria da instituição de ensino repudia o que qualificou como uma “atitude discriminatória, intolerante e homofóbica”. 
 
Inicialmente, a UFSJ disse que as agressões verbais aconteceram na sexta-feira da semana passada (6/10), quando o secretário teria visitado a instituição no Campus Alto Paraopeba (CAP) durante o evento intitulado CAP Aberto — uma mostra dos cursos oferecidos no campus para estudantes do ensino médio da região. Na ocasião, os alunos visitaram stands, laboratórios, uma cervejaria artesanal, além de conhecer projetos de extensão e empresas juniores. 

Porém, após publicação da reportagem, a assessoria da instituição editou, nesta sexta-feira (13/10), o comunicado em seu site e redes sociais explicando que o funcionário do Executivo municipal em Ouro Branco, na Região Central de Minas Gerais, na verdade, não estava na instituição no último dia 6. As declarações dele teriam acontecido dias depois. 

"Tal secretário convocou as organizadoras do evento para uma conversa na Prefeitura de Ouro Branco, nessa semana, onde relatou que recebeu reclamações de pais de alunos. Embora afirmasse não ter preconceito, o secretário disse que o problema está na instituição e no 'perfil de estudantes que vocês querem dentro da universidade', declarou textualmente", escreveu a universidade. 
 
Em dado momento, conforme pontua a UFSJ, o secretário teria dado “declarações preconceituosas, carregadas de deboche, menosprezo e palavras que atentam contra os princípios fundamentais de respeito, igualdade e inclusão, pilares de uma sociedade democrática e da Educação como um todo”.

“O preconceito e a discriminação, sob quaisquer formas, são inaceitáveis em nossa comunidade universitária”, completa a instituição. 

 
A UFSJ diz ainda que o reitor, Marcelo Andrade, comunicou o prefeito de Ouro Branco, Hélio Márcio Campos, sobre o ocorrido. O chefe do Executivo municipal teria se comprometido a apurar os fatos e tomar as providências devidas, segundo a assessoria da universidade. O Estado de Minas procurou a Polícia Militar, que não localizou na base de dados registro de ocorrência. 
 
Por fim, o comunicado ressalta que a universidade é um espaço de pluralidade, diversidade e respeito à individualidade de seus membros.

“Reafirmamos nosso compromisso inabalável com a promoção da igualdade e da inclusão de todos os cidadãos, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero, raça, religião ou qualquer outra característica pessoal. Acreditamos na educação como uma ferramenta de transformação social, capaz de construir uma sociedade mais justa e igualitária”, finaliza. 
 
Em nota à reportagem, a Prefeitura de Ouro Branco diz que suas ações são pautadas pelo respeito, inclusão e diversidade.

"Imediatamente após o contato com a Reitoria da UFSJ, foram iniciadas as apurações do caso para as providências cabíveis", pontua a assessoria do Executivo. 







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