O eclipse solar “anular” – quando a Lua se sobrepõe ao Sol e cria um “anel de fogo” – pôde ser observado de várias regiões do Brasil e do mundo neste sábado (14/10). A última vez que esse evento foi visto do território brasileiro foi em 3 de novembro de 1994, há quase 29 anos, e apenas as pessoas da Região Sul conseguiram ver a totalidade do eclipse.
Neste ano, a totalidade só foi vista das regiões Norte e Nordeste do país. Nas demais áreas, como em Belo Horizonte e São Paulo, foi possível vê-lo de forma parcial, dependendo da distância do ponto em que a sombra da Lua cobriu totalmente a passagem.
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Ainda assim, quem quis ver com os próprios olhos e não tinha os equipamentos recomendados – como lentes ou filtros de soldador –, deu seu jeito. Cláudio, de 67 anos, e Aline, de 26, são vizinhos do mesmo prédio no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e foram até a esquina para observar o fenômeno.
Cláudio levou o resultado de uma radiografia para poder olhar diretamente para o sol, enquanto Aline fez uma espécie de câmara escura, construída a partir de uma caixa de sapato e papel alumínio. Os dois nunca tinham visto nenhum tipo de eclipse solar e contam que adoraram a experiência.
Nas redes sociais, internautas compartilham fotos e vídeos dos seus respectivos pontos de vista.
Também teve quem usou a oportunidade do eclipse solar para dar risada. Vários memes foram compartilhados falando sobre o tempo nublado; a vontade de olhar para o sol – justamente por conta das recomendações de não se fazer isso –; ou sobre a “vingança do frete grátis”, já que a visualização total do fenômeno só pôde ser visto das regiões Norte e Nordeste, onde geralmente empresas de comércio on-line não bancam o frete grátis.
Quem perder a chance de observar o fenômeno no sábado, terá outra oportunidade no dia 2 de outubro de 2024, quando haverá outro eclipse anular – visível parcialmente apenas para quem estiver nas regiões Sul e Sudeste do país. Depois deste, somente em 6 de fevereiro de 2027, quando paulistas e cariocas terão a visão de cerca de 90% do fenômeno.