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Estado de Minas HOMICÍDIO

Matador de sargento será indiciado por homicídio duplamente qualificado

Dois homens que estavam escondendo o matador responderão pelo crime de favorecimento pessoal do autor


19/10/2023 11:11 - atualizado 19/10/2023 13:26
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O sargento da PM Wellington da Costa Barros de boina preta
O sargento da PM Wellington da Costa Barros foi morto a tiros na noite de terça-feira (17) no Bairro São Bernardo, em BH (foto: (Reprodução/Facebook)

O homem que matou o sargento Wellington da Costa Barros, de 42 anos, da Polícia Militar, na noite de terça-feira, depois de uma discussão, num sinal da Avenida Flamengo, no Bairro São Bernardo, zona norte de Belo Horizonte, será indiciado por homicídio duplamente qualificado, informa a delegada Iara França, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo explicações da delegada, o homem, de 34 anos, é conhecido da polícia, com várias passagens, já tendo sido preso por violência doméstica e estelionato. Ele é integrante de uma torcida organizada do Cruzeiro. Com ele, foram presos dois homens, de 42 e 43 anos, que o abrigavam na casa onde moram, também na Avenida Flamengo.

 

“Eles não têm participação no homicídio. Serão indiciados por favorecimento pessoal do autor”, diz a delegada Iara, que explica que os amigos estavam acobertando um criminoso.

 

A delegada Iara França diz que matador tem extensa ficha de crimes
A delegada Iara França diz que matador tem extensa ficha de crimes (foto: Ivan Drummond/EM/D. A. Press)

Ainda sobre o matador, a delegada Iara conta que ele é bastante conhecido no Bairro São Bernardo, onde reside. E também que todos falaram que ele era uma espécie de “contador de vantagem”. “Fez isso, fiz aquilo”, conta a delegada.

O crime

Segundo apurado pela Polícia Civil, o policial estava parado num sinal, quando o agressor chegou e parou em frente a seu carro. O sargento então buzinou para ele sair. Só que o homem, ao invés disso, começou a xingar.

 

Logo em seguida, o agressor foi até a porta do Vectra do sargento Wellington, e começou a esmurrar o carro e também chegou a socar o rosto do policial, mais de uma vez, segundo testemunhas.

 

A todo instante, segundo as testemunhas, o militar gritava que era policial, mas isso não impediu que o homem seguisse com as agressões. Foi quando o sargento saiu do veículo e atirou para o alto.

 

O agressor saiu correndo e o militar foi atrás. Alguns metros à frente, alcançou o agressor. Eles entraram em luta corporal e o revólver saiu. O agressor pegou a arma e deu dois tiros no sargento.

 

No veículo, haviam duas mulheres, a esposa e a cunhada do policial, que, no momento em que aconteceu o tiro de advertência, saíram correndo do carro e somente cerca de uma hora depois, é que ficaram sabendo que o sargento Wellington tinha sido morto.

 

Ao ser preso pela PM, na tarde de quarta-feira, admitiu o crime e também entregou a arma utilizada para o assassinato.


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