Pianos customizados por artistas serão espalhados em seis pontos tradicionais de Belo Horizonte para a população tocar, ver e tirar fotos. O lançamento do projeto "Toque-me, Sou Teu" ocorreu na noite dessa quinta-feira (19/10) no Mercado Novo, Região Centro-Sul da capital mineira.
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Os pianos ficarão no mercado até sábado (21/10), quando serão levados no domingo (22/10), a partir das 8h, para os seis pontos da capital mineira: rodoviária, Mirante do Museu na Lagoa da Pampulha, coreto da Praça da Liberdade, Hospital Luxemburgo e nas Estações de Metrô São Gabriel e Eldorado.
Os pianos que farão parte do projeto em BH foram transformados em obras de arte pelos artistas visuais: Raquel Bolinho, Rogério Fernandes, Marcus Paschoalin, Davi DMS, Vinicius e Bernardo Sek. O piano de cauda, que ficará no Hospital Luxemburgo, não foi pintado e sim, adesivado.
O artista Marcus Paschoalin estampou no piano, características gráficas e com uma profusão de cores. Segundo ele, além de levar a música para várias pessoas, o projeto é uma forma para que a arte dele chegue a públicos diferentes.
Ao final do projeto, os pianos serão doados às instituições Associação Querubins, Casa Sr. Tito, Casa de Apoio Beatriz Ferraz, Instituto Mano Down, Instituto Mário Penna e Espaço de Cultura e Arte (ECA), idealizador do projeto por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.
Projeto internacional
É a segunda vez que o projeto está no Brasil, ele esteve em São Paulo em 2008, e agora, depois de 15 anos, retorna para o país, em Belo Horizonte, que recebe a iniciativa pela primeira vez. O nome original do projeto é "Play me, I’m Yours", ele é do artista britânico Luke Jerram que convida artistas visuais para transformar pianos em obras de arte e depois disponibiliza os instrumentos em locais públicos para poderem ser tocados pela população.
Ela nasceu em 2008, no Fierce Festival, em Birmingham, no Reino Unido. Desde então, o artista Luke Jerram e a sua equipe instalaram mais de 2.000 pianos de rua em 70 cidades em todo o mundo como: Nova York, Xangai e Cidade do México, que foram tocados e ouvidos por mais de 20 milhões de pessoas.
Por que Belo Horizonte?
Ricardo Matosinho, vice-presidente do Espaço de Cultura e Arte (ECA) explicou que eles já tinham contato com o pessoal do projeto desde 2011. Logo de cara, gostaram da ideia, e desde 2016, vem trabalhando e buscando patrocinadores para conseguir trazer a iniciativa.
Entretanto, com a chegada da pandemia, tiveram que deixar de lado, mas agora, em 2023, conseguiram tirar do papel e realizar o sonho antigo. “Nós somos de Belo Horizonte. Então a gente traz essas iniciativas para a cidade. Nós deslocamos para outros lugares, mas o nosso foco é sempre BH”, conta.
Quando se trata da escolha dos artistas, o vice-presidente do ECA ressalta que foi feita uma curadoria. “Queríamos que cada piano tivesse uma identidade muito própria, que fosse muito diferente entre eles. Essa diferença, e diversidade, foi um pré-requisito, mas depois, quando convidamos os artistas, eles ficaram completamente livres para criar”, compartilha.
Ricardo diz que eles estão planejando algo mais para o projeto. “Alguns artistas serão convidados para fazer apresentações. Mas a ideia é que tudo seja espontâneo. Ontem mesmo no mercado, a gente não chamou nenhum músico, mas tinham vários músicos que se interessaram, profissionais ou amadores, e cada hora um tocava. Foi muito interessante”, afirma.
Locais e artistas
Rodoviária - Raquel Bolinho
Metrô Eldorado - Davi DMS
Metrô São Gabriel - Rogério Fernandes
Mirante do Museu (Lagoa da Pampulha) - Vinicius
Praça da Liberdade - Marcus Paschoalin
Hospital Luxemburgo - Bernardo Sek