A Polícia Civil identificou dois suspeitos de disparar contra investigadores que estavam descaracterizados no Bairro Primeiro de Maio, na Região Norte de Belo Horizonte. Os homens estavam escondidos em uma casa no Bairro Campo Alegre, na mesma região. Ao notar a presença dos policiais, um dos suspeitos resistiu à prisão, avançou contra os agentes com uma faca e acabou sendo baleado nesta sexta-feira (20/10).
Na tarde de quinta-feira (19/10), durante serviços de rotina, uma viatura descaracterizada da PCMG foi alvejada por dois suspeitos. Na ocasião, os policiais revidaram o ataque. Ao menos 40 tiros foram disparados. Apesar disso, não houve feridos.
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Desde então a corporação manteve diligências para identificar os homens. Ao longo da noite foi descoberto que um deles era monitorado por meio de tornozeleira eletrônica. Na manhã desta sexta-feira (20/10), os investigadores, que estavam próximo ao local em que os suspeitos estariam escondidos no Bairro Campo Alegre, entraram na residência, com a permissão de um dos moradores, e se identificaram.
No local estavam os dois suspeitos. Um deles reagiu à ordem de prisão e tentou agredir os policiais com uma faca e acabou sendo alvejado. Ele morreu. A perícia esteve no local e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Belo Horizonte para os devidos exames. O outro homem foi detido. Além dele, o proprietário da casa onde os suspeitos estavam escondidos também foi encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos.
Reincidentes
Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, o delegado Domiciano Monteiro explicou que os suspeitos de tentar matar os policiais civis já tinham passagem por tráfico de drogas, roubo à mão armada, interceptação e posse de arma. Eles haviam sido soltos, pela última vez, em julho deste ano.
Conforme Monteiro, o suspeito que foi preso possui ao menos dez registros policiais. Além disso, ele foi preso três vezes – e solto – em 2021, 2022 e 2023. Já o segundo homem, que foi morto pelos policiais, já tinha pelo menos sete passagens.
“É uma situação difícil de resolver, porque os indivíduos são presos, sempre agindo de forma perigosa contra a sociedade. Inclusive nos inquéritos são relatados a disputa pelo tráfico de drogas e o terror que eles impunham aos moradores para tentar conseguir respeito. E, quando soltos, eles voltavam a exercer os mesmos crimes pelos quais foram detidos”, afirmou o delegado.