(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DIVERSÃO NAS RUAS

Domingo das artes em BH

Capital oferece leque de cultura e lazer em espaços públicos e de graça. Na lista, eventos com dança, música, pintura e até a chance de virar "pianista"


22/10/2023 04:00 - atualizado 21/10/2023 23:26
432

Observada pela mãe, eva experimenta as teclas no colo da pai
Observada pela mãe, eva experimenta as teclas no colo da pai (foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

 
Diversão e arte para todos os gostos e por todo lado. Os belo-horizontinos têm diversas opções de lazer e cultura para aproveitar hoje. Música, dança, apresentações teatrais e exposição podem ser encontrados em diferentes pontos da cidade para animar públicos de todas as idades.

Quem quiser bancar o pianista encontrará instrumentos customizados por artistas visuais em seis pontos da capital: rodoviária, Mirante do Museu na Lagoa da Pampulha, coreto da Praça da Liberdade, Hospital Luxemburgo e nas estações de metrô São Gabriel e Eldorado.

Os interessados podem apreciar os instrumentos, tirar fotos e até se arriscar a uma performance musical nos teclados no projeto  "Toque-me, Sou Teu", que vai até 12 de novembro. Antes de serem levados para os pontos de exposição, os pianos passaram por uma transformação pelos artistas visuais Raquel Bolinho, Rogério Fernandes, Marcus Paschoalin, Davi DMS, Vinicius e Bernardo Sek.

Ao final do prazo de exibição, os instrumentos serão doados  à Associação Querubins, Casa Sr. Tito, Casa de Apoio Beatriz Ferraz, Instituto Mano Down, Instituto Mário Penna e ao Espaço de Cultura e Arte (ECA), idealizador do projeto por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

É a segunda vez que a iniciativa está no Brasil. Antes, os pianos foram espalhados na capital paulista, em 2008. O nome original do projeto é "Play me, I’m Yours", idealizado pelo artista britânico Luke Jerram, que convida artistas visuais para transformar pianos em obras de arte e depois disponibiliza os instrumentos em locais públicos para poderem ser tocados pela população.
Depois de dar show, Miguel assiste à performance de Gabriel ao piano
Depois de dar show, Miguel assiste à performance de Gabriel ao piano (foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


A ideia nasceu em 2008, no Fierce Festival, em Birmingham, no Reino Unido. Desde então, Jerram e a sua equipe instalaram mais de 2 mil pianos de rua em 70 cidades do mundo como Nova York (EUA, Xangai (China) e Cidade do México (México), que foram tocados e ouvidos por mais de 20 milhões de pessoas.

Alguns artistas serão convidados para fazer apresentações, explicou Ricardo Matosinho, vice-presidente do Espaço de Cultura e Arte (ECA).  “Mas a ideia é que tudo seja espontâneo”, ressaltou. 

Ontem, dois dos seis pianos estavam à disposição dos visitantes do Mercado Novo, no Centro de BH. Paul Santos e Alice levaram a pequena Eva para conhecer a iniciativa.

A família é de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e mora em BH há um ano e meio. Os três visitavam o Mercado Central pela segunda vez desde que chegaram à capital mineira, e o casal, que disse aproveitar oportunidades como essa para introduzir a música na rotina da filha,  não poupou elogios ao projeto. “Ela já gosta do som e acaba participando”, ressaltou a mãe. A criança estava atenta enquanto o pai tocava o instrumento. Depois, a filha pôde brincar com as teclas do piano no colo do pai.

A iniciativa atraiu também a atenção de Miguel Lamego, de 11 anos, e do amigo Gabriel Vilela. Miguel, que estuda piano, se sentou na cadeira e começou a tocar, enquanto era observado pelo amigo. O pai de Miguel, Gerson Azevedo, registrava a cena no celular. Depois foi a vez de Gabriel. “Achei bem legal. Gostei da arte no piano”, disse Miguel, em referência à customização por que passou o instrumento.

que exibe convite a todos na lateral
que exibe convite a todos na lateral (foto: Fotos: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

FESTIVAL SABIÁ


Para quem quiser um programa para toda a família a dica é aproveitar o segundo dia do Festival Sabiá, na Praça Floriano Peixoto, no Bairro Santa Efigênia. Com o tema "(Re) Inventar caminhos", os organizadores dessa edição do evento, a terceira, se propõem a fugir da mesmice, com uma programação diversa e sem limitação de idade.

A primeira atividade de hoje é um aulão de dança, que começa às 10h. Em seguida, se apresenta o Quintal da Dona Inês. Na sequência, os palhaços Benedita Jacarandá e Sabonete, do grupo Trampulim, encenam a montagem “Uma surpresa para Benedita”. À tarde, o festival ainda tem as atrações musicais Salomé Viegas, Chico Amaral, além do DJ Joseph e a Turma do Passinho. Ontem, Thiago Delegado, Fernanda Takai e Roberto Menescal agitaram a plateia no show de encerramento dos eventos do dia na praça.


MURAL


Já os amantes das artes plásticas podem aproveitar o domingo para ver o novo mural urbano de BH, que deve ser finalizado e inaugurado hoje. Com 200m², a obra ocupa a empena do galpão de mercadorias apreendidas da Receita Federal, na Rua Itapecerica, no Bairro Lagoinha, Região Noroeste da capital.

O mural é do artista Millo, que veio da Itália para o projeto, uma parceria entre o Consulado Italiano e a Agência Pública. Millo se consagrou como um dos principais nomes da arte contemporânea urbana mundial. Os murais em grande escala do artista retratam habitantes explorando o ambiente urbano e incorporam elementos da arquitetura que remetem à formação do italiano.

A ideia de colocar o mural em um lugar que tem importância histórica na construção de Belo Horizonte foi de Juliana Flores, idealizadora da agência, e do coordenador do projeto Viva Lagoinha, Filipe Thales. A Rua Itapecerica foi o ponto onde as pedras utilizadas para a construção da fundação de BH foram recebidas.

A expectativa dos idealizadores do projeto é que a obra ajude a ressignificar e requalificar a região. O mural traz no centro a imagem de um personagem que carrega várias sucatas que, juntas, formam um coração. “As sucatas fazem referência ao grande número de catadores que a gente tem no bairro e o coração representa cuidado. Por meio da imagem, a gente quer relembrar as pessoas e também o poder público que esse é um território que precisa de atenção. Ali tem um coração grande pulsante, que está sendo arrastado pelas ruas, mas ele precisa de cuidados”, comenta Juliana.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)