Um policial civil de Uberlândia foi preso nessa segunda-feira (24/10), por vazar informações de uma operação que prendeu pessoas que planejavam assassinar autoridades da segurança e judiciário no município. A corporação acompanhou a ação encabeçada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A prisão do policial Caio Oliveira Rezende Abreu fez parte da segunda fase da operação Erínias, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão também contra o servidor estadual.
Pela manhã, os policiais e agentes do MP encontraram o policial no apartamento onde mora, num condomínio no Bairro Tabajaras, Região Central de Uberlândia. Documentos, duas armas de fogo e munição foram apreendidos em um quarto da residência.
Ele saiu do local já detido em uma viatura descaracterizada.
Segundo a chefia do 9º Departamento da Polícia Civil, o caso foi encaminhado para corregedoria da corporação. O policial irá passar por audiência de custódia e será encaminhado para a Casa de Custódia da Polícia Civil em Belo Horizonte.
Recentemente, o policial foi afastado das funções e teve a arma funcional apreendida. O investigador foi denunciado criminalmente por obstrução de justiça.
Celular
A primeira fase da operação aconteceu em junho e foi descoberto que o policial, que fazia parte da força-tarefa, trocou mensagens com um dos investigados, alertando sobre o cumprimento de mandados.
O celular do policial foi apreendido e, apesar de ter sido formatado, mensagens foram recuperadas, o que comprovou o vazamento de informações sobre a operação.
O policial civil ainda foi flagrado fazendo trabalho de escolta a um dos investigados no esquema de ameaça de atentado às autoridades públicas.
A operação
Investigações apontaram que uma organização criminosa planejava ataques contra autoridades. À época foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária. Na sequência, o MPMG encaminhou denúncia formal contra 20 pessoas.